No último domingo, 23 de março, uma cena inusitada no litoral cearense rapidamente se espalhou nas redes sociais. Um empresário, proprietário de terras na região, foi flagrado pousando de helicóptero na praia da Taíba, em São Gonçalo do Amarante, no litoral oeste para comprar uma simples porção de piabas fritas em uma barraca da região.

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O empresário, que mora em Brasília, estava no Ceará para vistoriar suas propriedades. Ao chegar na praia, ele fez questão de adquirir o prato típico, que custa R$ 25 e é servido em uma barraca na orla. “Veio só buscar a piabinha, duas porções de piaba. Veio de helicóptero buscar a piaba, me ligou, e eu fiz. É só encomendar. Se não puder vir de carro, vem de helicóptero”, brincou o proprietário do estabelecimento durante a gravação do pouso da aeronave.

A imagem do helicóptero pousando na faixa de areia logo gerou comentários nas redes sociais. A atitude de usar o helicóptero para uma simples compra de comida em um local tão popular e acessível gerou opiniões divididas entre internautas. Alguns, surpresos, acharam a cena divertida e excêntrica, enquanto outros criticaram a falta de respeito ao meio ambiente e à segurança dos frequentadores da praia.

No entanto, o fato de o helicóptero ter pousado na faixa de areia não é uma prática comum ou legalmente permitida em áreas de praias. Essa prática é restrita e, normalmente, não é permitida em locais de grande movimento de pessoas e turistas.

 

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No Brasil, as normas que regulam o tráfego de aeronaves e os locais permitidos para o pouso de helicópteros são definidas pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), e pelos Códigos de Trânsito Municipal e Regulamentos de Uso do Solo, que variam de acordo com cada cidade. No litoral cearense, como em muitas outras regiões turísticas, a faixa de areia não é um local adequado para o pouso de helicópteros particulares, especialmente quando não há autorização específica das autoridades competentes.

Em áreas como o litoral cearense, a utilização de faixas de areia é geralmente restrita a veículos de turismo como os famosos bugues e pick-ups, que circulam com autorização municipal para conduzir os turistas. O pouso de aeronaves particulares pode ser proibido em muitas dessas áreas, já que a movimentação de helicópteros pode representar risco à segurança dos banhistas e também pode prejudicar o ecossistema local.

Além disso, em algumas circunstâncias específicas, como operações de resgate, é permitido o pouso de helicópteros dos bombeiros e outras equipes de emergência, mas esses casos são regulamentados por normas rígidas de segurança e autorização prévia.

A ANAC, em seu regulamento, deixa claro que o pouso de helicópteros em locais não autorizados pode resultar em infrações administrativas e até sanções, além de ser sujeito a multa, se for constatada a violação de normas locais e federais. Assim, para qualquer pouso em áreas não estabelecidas como heliportos, é necessário cumprir a regulamentação da ANAC e obter as devidas autorizações do município, o que, no caso da faixa de areia na praia, não seria viável ou permitido.

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