SAÚDE

Chip anticoncepcional: mais de 600 adolescentes já usaram método em Fortaleza; entenda

O método tem sido amplamente utilizado nas maternidades da cidade

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26 de março de 2025
Portal GCMAIS

A partir de fevereiro deste ano, a Rede Municipal de Saúde de Fortaleza começou a oferecer o implante subdérmico como um método contraceptivo gratuito para adolescentes com vida sexual ativa. O método, também chamado de chip anticoncepcional, que já beneficiou 621 adolescentes até o momento, é considerado uma alternativa prática e eficaz para a prevenção da gravidez na adolescência, com um intervalo de proteção de até três anos.

Chip anticoncepcional: mais de 600 adolescentes já usaram método em Fortaleza; entenda
Foto: Reprodução

O implante subdérmico, popularmente conhecido como “chip”, é colocado no braço da paciente, liberando hormônios que impedem a ovulação e, consequentemente, a gravidez. O método tem sido amplamente utilizado nas maternidades da cidade, como a Maternidade do José Walter, Maternidade do Gonzaguinha da Barra e Maternidade Escola, onde, após o parto, o dispositivo é oferecido às adolescentes. Além disso, algumas unidades de saúde também possuem profissionais treinados para implantar o dispositivo.

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Léa Dias, Assistente Técnica da Saúde da Mulher, destaca os benefícios do método para o público adolescente, mencionando a segurança e a eficácia do implante. Ela afirma que a oferta do contraceptivo tem sido um passo importante para a prevenção da gravidez precoce, alinhando-se às ações desenvolvidas tanto a nível nacional quanto local para redução dos casos de gestação na adolescência.

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“O Implanon é um método altamente eficaz. Ele libera o hormônio etonogestrel, que é uma progesterona, de forma controlada. O grande diferencial é a praticidade. Não há necessidade de tomar diariamente, como as pílulas convencionais. E, ao final dos três anos, a adolescente pode trocar ou retirar o dispositivo na rede pública, sem custos”, explica Dr. Hassã Lemos, médico de família e comunidade.

Para Nayra Sousa, estudante de 18 anos, o implante subdérmico é uma alternativa mais cômoda em relação aos métodos contraceptivos tradicionais. Nayra começou a usar o anticoncepcional oral em dezembro de 2024, mas decidiu trocar o método devido à praticidade e segurança do Implanon.

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“É mais fácil e muito mais seguro. Não preciso me preocupar em tomar a pílula todos os dias. Espero me adaptar bem ao método e estou bastante satisfeita com a escolha”, conta Nayra, que vê no método uma forma de evitar a gravidez indesejada sem ter que se lembrar todos os dias da pílula.

Em Fortaleza, os números de gravidez na adolescência têm diminuído consideravelmente ao longo dos últimos anos. Em 2024, a cidade registrou 2.718 casos de gravidez entre adolescentes, o que representa uma queda de quase 39% em relação a 2019, quando o número foi de 4.414. Esse declínio é um reflexo das políticas públicas e ações educativas voltadas para a saúde sexual e reprodutiva.

A Assistente Técnica da Saúde da Mulher, Léa Dias, observa que o sucesso dessa redução está relacionado ao aumento no acesso aos métodos contraceptivos e à orientação contínua oferecida nas unidades de saúde.

“A informação e o acesso a diversos tipos de métodos contraceptivos, como o implante subdérmico, as pílulas, os injetáveis e os DIUs, têm contribuído muito para esse número positivo. Além disso, a conscientização sobre os riscos da gravidez precoce e o acompanhamento contínuo são fundamentais para a redução dos índices de gravidez na adolescência”, diz Léa.

Embora o implante subdérmico seja um método altamente eficaz na prevenção da gravidez, é importante lembrar que ele não protege contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Por isso, o uso do preservativo continua sendo essencial, tanto para prevenir doenças quanto para complementar os métodos contraceptivos.

Dr. Hassã Lemos reforça a importância da dupla proteção. “É fundamental que o preservativo seja utilizado junto com o método contraceptivo, como o Implanon, para garantir não só a prevenção de uma gravidez indesejada, mas também de doenças sexualmente transmissíveis. O preservativo é o único método eficaz contra as ISTs, e essa conscientização é crucial para a saúde das adolescentes.”

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