TECNOLOGIA

Pesquisadores da UFC desenvolvem equipamento para monitorar poluição do ar em Fortaleza

O protótipo, denominado Sensenet, foi criado em parceria com a Samsung Eletrônica da Amazônia Ltda

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26 de março de 2025
Portal GCMAIS

Pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC) estão desenvolvendo uma tecnologia inovadora e de baixo custo para monitorar a qualidade do ar em ambientes internos e externos, com a expectativa de que o equipamento seja uma solução prática para enfrentar os desafios da poluição atmosférica na cidade de Fortaleza e, futuramente, em outras regiões do Brasil.

Pesquisadores da UFC desenvolvem equipamento para monitorar poluição do ar em Fortaleza
Foto: Reprodução

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O protótipo, denominado Sensenet, foi criado em parceria com a Samsung Eletrônica da Amazônia Ltda. e já passou por testes em bairros de Fortaleza, como Meireles e Aldeota. Segundo os cientistas, o dispositivo foi projetado para captar dados não apenas sobre a poluição atmosférica, mas também sobre variáveis meteorológicas, como temperatura e umidade, oferecendo uma visão mais abrangente das condições ambientais.

Atualmente, a qualidade do ar no Ceará é monitorada por dois órgãos públicos: a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (SEMACE) e a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SEUMA). Porém, esses órgãos utilizam equipamentos de grande porte para a coleta de dados, o que limita a mobilidade e a cobertura da cidade. Esses monitores robustos exigem mais tempo para medir a qualidade do ar em grandes áreas, o que torna o processo de monitoramento mais demorado e menos eficiente.

Pesquisadores da UFC desenvolvem equipamento para monitorar poluição do ar em Fortaleza

O Sensenet chega para resolver esses problemas. Com um custo de aproximadamente R$ 1.200, o protótipo representa uma alternativa de baixo custo, especialmente quando comparado às estações tradicionais de monitoramento, que podem custar entre R$ 90 mil e R$ 160 mil. A expectativa é de que o modelo, além de ser mais acessível, permita uma coleta de dados mais ágil e precisa, com a capacidade de cobrir uma área maior e em períodos menores de tempo.

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O equipamento está em sua versão 6.0, com melhorias que permitem a detecção de mais poluentes, incluindo os compostos orgânicos voláteis (VOCs), substâncias tóxicas que podem afetar a saúde humana. A versão mais recente do protótipo, batizada de SenseAir, também introduz um avanço tecnológico importante: a inclusão de uma webcam que, por meio de algoritmos de reconhecimento de imagem, será capaz de contar automaticamente o tráfego de veículos, contribuindo para uma análise ainda mais precisa das fontes de poluição.

Essas inovações estão em um estágio avançado de desenvolvimento, e os pesquisadores acreditam que o Sensenet já pode ser aproveitado pela Prefeitura de Fortaleza para a criação de um sistema de monitoramento regular e eficiente da poluição do ar na cidade. A intenção é que o modelo seja distribuído por diversas regiões, criando, assim, um mapa de poluição para a cidade, semelhante aos mapas de calor, mas exibindo o Índice de Qualidade do Ar (IQAr) em tempo real.

“Com o Sensenet, será possível acompanhar a qualidade do ar de forma mais precisa e frequente, o que ajudará as autoridades a tomar decisões mais rápidas e eficazes para proteger a saúde da população”, afirmou o professor responsável pelo projeto, destacando a importância do equipamento para melhorar a qualidade de vida dos fortalezenses.

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