Do total de repatriados, cerca de 75 seguem para Minas Gerais, para aeroporto de Confins, com o restante ficando na capital cearense
Quatro brasileiros deportados dos EUA foram detidos pela PF ao desembarcarem em Fortaleza
Quatro dos 116 brasileiros deportados dos EUA que desembarcaram em Fortaleza na manhã desta sexta-feira (28) foram detidos pela Polícia Federal (PF), logo ao pousarem. Eles foram recolhidos devido a pendências que tinham com a Justiça brasileira. O avião aterrissou por volta das 9h30 desta sexta, sendo esse o quinto voo com repatriados brasileiros desde o início do atual mandato do presidente norte-americano Donald Trump.

Paulo Victor Resende, gerente de projetos do Ministério dos Direitos Humanos, informa que os quatro indivíduos foram retirados da aeronave pela Polícia Federal antes do desembarque dos demais passageiros. Ele informa ainda que, entre o grupo que chegou ao Brasil nesta sexta, há sete crianças e adolescentes.
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“Cerca de 75 devem seguir para Minas Gerais, para aeroporto de Confins, o restante fica aqui em Fortaleza. Alguns seguem aos seus destinos por meios próprios, outros podem precisar de abrigamento, mas todo o acolhimento o Ministério [dos Direitos Humanos], junto com essa parceria com o Governo do Estado [do Ceará] aqui, a gente está trabalhando com essa finalidade de dar a melhor condição possível para essas pessoas, para esses brasileiros que retornam para casa”, disse ele, ainda.
A operação de acolhimento envolve equipes dos ministérios da Justiça, dos Direitos Humanos, da Defesa, das Relações Exteriores e do Desenvolvimento Social, além de representantes da Defensoria Pública da União (DPU) e das secretarias estaduais de Direitos Humanos e Proteção Social do Ceará.
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Os voos acontecem em meio a um contexto de intensificação das deportações de estrangeiros sob a nova gestão nos Estados Unidos. Este é o quarto voo com deportados a chegar em Fortaleza desde janeiro, quando o governo Trump retomou as deportações em larga escala. Desde o início do ano, mais de 500 brasileiros já foram repatriados.
Em um dos voos anteriores registrados em 2025, o uso de algemas para conter os deportados gerou repercussão negativa no território brasileiro, provocando um mal-estar diplomático, levando o Itamaraty a solicitar explicações formais ao governo dos EUA.
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