As ameaças incluem danos às estruturas das empresas, intimidação de técnicos
Ataques de facções a provedoras de internet já atingiram 19 bairros de Fortaleza e Caucaia
Ao menos 19 bairros na Região Metropolitana, 12 de Fortaleza e sete de Caucaia, registraram ameaças e ataques contra empresas provedoras de internet praticados por facções criminosas. As informações são da Polícia Civil do Ceará (PCCE) e do Ministério Público do Estado (MPCE).

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Na capital, os crimes ocorreram nos bairros Autran Nunes, Barra do Ceará, Carlito Pamplona, Farias Brito, José Walter (Cidade Jardim I e II), Lagoa Redonda, Paupina (Residencial dos Escritores), Pirambu, Quintino Cunha, São João do Tauape (Lagamar), Sapiranga e Siqueira (Comunidade do Urubu). Em Caucaia, as ocorrências foram registradas nos bairros Conjunto Metropolitano, Padre Júlio Maria (Condomínio Pabussu), Capuan, Araturi, Itambé, Sítios Novos e Parque Soledade.
A maioria dos ataques foi atribuída a uma facção criminosa do Rio de Janeiro, embora grupos locais também tenham praticado algumas das ações. As ameaças incluem danos às estruturas das empresas, intimidação de técnicos e coibição de moradores a contratarem apenas provedores “autorizados” pelos criminosos.
Nos últimos dois meses, pelo menos quatro veículos de provedores de internet foram incendiados em bairros como Carlito Pamplona, Jacarecanga, Conjunto Metropolitano e Farias Brito. O episódio mais recente ocorreu no dia 20 de março, quando um carro da empresa Giga+ foi incendiado na Rua Boa Viagem, em Farias Brito. Durante a ação, um adolescente sofreu queimaduras e foi apreendido.
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Diante da escalada da violência, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) anunciou, na última quinta-feira (27), a prisão de 40 suspeitos de envolvimento nos ataques. “Nenhuma ação criminosa ficará sem resposta de investigação e de ação operacional”, afirmou o secretário Roberto Sá. Ele também solicitou a colaboração da população por meio do Disque-Denúncia 181.
Os ataques já impactam diretamente o setor de telecomunicações. No domingo (30), a Brisanet revelou que perdeu cerca de 2 mil clientes devido à violência. Algumas empresas, como a GPX Telecom, optaram por encerrar suas atividades na região.
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