O dia 2 de abril é marcado pela celebração do Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo. A data, estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em dezembro de 2007, surgiu como forma de conscientizar a população a respeito do Transtorno do Espectro Autista (TEA). A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que uma em cada 100 crianças tem autismo.
O TEA é uma condição do neurodesenvolvimento caracterizada por dificuldades na comunicação e socialização, além de comportamentos repetitivos e interesses restritos. Essas características podem variar significativamente entre as pessoas, o que justifica a denominação de “espectro”. O diagnóstico é essencialmente clínico, envolvendo observações diretas, entrevistas com familiares e a aplicação de instrumentos específicos, sem a necessidade de exames laboratoriais.
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Níveis do Transtorno do Espectro Autista
O TEA é classificado em três níveis principais, que refletem a intensidade dos sintomas e o nível de suporte necessário, segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5). No nível 1, as pessoas apresentam dificuldades em situações sociais e comportamentos repetitivos, mas geralmente têm habilidades de comunicação preservadas e exigem pouco suporte nas atividades cotidianas.
No nível 2, as dificuldades são mais significativas, com comunicação limitada e necessidade de suporte moderado para lidar com mudanças e rotinas. Já no nível 3, as pessoas apresentam déficits graves na comunicação e interação social, necessitando de suporte substancial e constante para realizar tarefas básicas. A linguagem pode ser limitada ou ausente, e a adaptação a mudanças é extremamente difícil.
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Sinais mais comuns do autismo
Conforme a Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde, os primeiros sinais do TEA tendem a se manifestar bem no começo da vida do indivíduo, com o diagnóstico clínico sendo estabelecido aos dois ou três anos de idade. Os sinais mais comuns do TEA, conforme o Ministério, são:
- Atraso anormal na fala;
- Não responder quando é chamado(a) e demonstrar desinteresse com as pessoas e objetos ao redor;
- Apresentar dificuldades em participar de atividades em grupo, preferindo realizar tarefas ou brincar sozinho(a);
- Dificuldade para interpretar gestos e expressões faciais;
- Dificuldade para combinar palavras em frases, ou ainda tendência a repetir a mesma frase ou palavra com frequência;
- Apresentar uma “sinceridade excessiva”, comumente classificada como uma ausência de “filtro social”;
- Sentir incômodo diante de ambientes e situações sociais;
- Ter seletividade em relação a cheiro, sabor e textura de alimentos;
- Apresentar movimentos repetitivos e incomuns, como balançar o corpo para frente e para trás, bater as mãos, reorganizar objetos em fileiras ou em cores, coçar algumas partes do corpo com frequência (como os olhos e nariz) ou pular de forma repentina;
- Interesse obsessivo por assuntos considerados “incomuns”, como paleontologia, trens, datas, números, entre outros;
- Problemas gastrointestinais ocasionados por quadros de ansiedade.
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