Os dados foram divulgados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh)
Açude Orós atinge melhor volume de água desde 2012
O açude Orós, localizado na cidade cearense de mesmo nome e distante 450 km de Fortaleza, alcançou 78,81% de sua capacidade de armazenamento nesta sexta-feira (4), atingindo o melhor volume desde julho de 2012. Com uma capacidade total de 1,9 bilhão de metros cúbicos de água, o reservatório celebra um momento de recuperação após anos de baixa significativa, especialmente durante o ciclo de seca que afetou o Ceará entre 2012 e 2020.

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Os dados divulgados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), por meio do Portal Hidrológico, confirmam que o Orós vivencia uma das suas melhores marcas nos últimos anos. Para se ter uma ideia do impacto positivo das chuvas recentes, é preciso lembrar que a última vez que o açude sangrou foi em 27 de abril de 2011. De lá para cá, o reservatório enfrentou um ciclo de redução gradual de seus volumes, com um dos piores momentos em 2020, quando o volume chegou a um alarmante 4,73%.
Esse ciclo de baixa se deu principalmente devido à seca prolongada, que atingiu a região entre 2012 e 2018, sendo que em algumas áreas do estado, a seca perdurou até 2020. No entanto, desde o final daquele ano, o Orós tem mostrado sinais claros de recuperação. Em 2024, o açude terminou o ano com 58,72% de sua capacidade e, agora, com a chegada das chuvas na quadra chuvosa, continua a receber importantes recargas.
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O açude Orós ocupa uma posição estratégica no estado, pois está localizado na Bacia do Alto Jaguaribe, tendo múltiplos usos, entre eles, a perenização do Rio Jaguaribe, a irrigação de diversas áreas no Médio e Baixo Jaguaribe e a piscicultura, que contribui para a economia local. O comitê responsável pela gestão dos recursos hídricos da região, em reunião realizada em 14 de março, avaliou que o açude tem contribuído de maneira positiva para as necessidades hídricas da região.
Na reunião de avaliação da Operação de 2024, a Cogerh informou que o Orós foi operado com uma vazão de 4.442 litros por segundo, um volume ligeiramente abaixo da vazão alocada de 4.500 litros por segundo. Além disso, foi decidido que, durante o período de seca, a vazão média de 1,5 m³/s será mantida, com a expectativa de que as águas permaneçam retidas na barragem até o início da estação chuvosa.
Apesar de ser importante garantir a retenção das águas para evitar novos períodos de escassez, a liberação emergencial de vazão foi solicitada para garantir o abastecimento, principalmente para a agricultura. A decisão de liberar a água foi tomada após a avaliação das condições hídricas das principais “caixas d’águas” do Estado, levando em conta a necessidade de atender aos produtores rurais.
Situação dos outros açudes cearenses
O cenário hídrico do Ceará tem mostrado variações nos seus principais reservatórios. Abaixo estão os volumes de armazenamento de cinco dos maiores açudes do Estado, segundo o mais recente levantamento da Cogerh:
Castanhão (Alto Santo): 28,98%
Orós (Orós): 78,81%
Banabuiú (Banabuiú): 36,26%
Araras (Varjota): 86,82%
Figueiredo (Alto Santo): 28,15%
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