O custo da cesta básica em Fortaleza subiu para R$ 727,46 no mês de março de 2025, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A inflação registrada foi de 2,36% no mês, impulsionada principalmente pela alta no preço de quatro dos doze produtos analisados.

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O valor representa um impacto significativo no orçamento das famílias fortalezenses, exigindo que um trabalhador que recebe um salário mínimo comprometa quase 60% da renda apenas com alimentação básica. Em tempo de trabalho, isso equivale a mais de 115 horas por mês dedicadas exclusivamente à compra desses produtos.

O principal responsável pela alta foi o tomate, que teve um aumento de 14,26% em relação ao mês anterior. De acordo com o Dieese, a alta é resultado da redução na oferta do produto, comum no período de transição entre safras.

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Cesta básica chega a R$ 727,46 em Fortaleza

Além do tomate, outros produtos que registraram aumento de preço foram:

• Leite integral: 5,66%
• Arroz agulhinha: 4,46%
• Café em pó: 3,96%
• Carne bovina de primeira: 3,23%
• Manteiga: 2,85%
• Pão francês: 1,45%

Em contrapartida, alguns itens apresentaram queda:

• Açúcar cristal: -7,89%
• Banana: -4,56%
• Farinha de mandioca: -0,92%
• Feijão carioquinha: -0,91%

Com o novo valor, Fortaleza passa a ter uma das cestas básicas mais caras da região, atrás apenas de capitais como Salvador e São Luís. Entre as 17 capitais pesquisadas, a capital cearense ocupa a 13ª posição em custo total da cesta, superando cidades como Natal, João Pessoa e Aracaju.

Segundo o Dieese, o salário mínimo ideal para garantir moradia, alimentação, saúde, educação e lazer para uma família de dois adultos e duas crianças seria de R$ 6.946,37 — quase seis vezes o valor do salário mínimo atual, que é de R$ 1.215,00.

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