Especialistas alertam que a principal forma de prevenção é a vacinação, e destacam a importância de cuidados básicos com ferimentos
Ceará registrou 26 casos de tétano nos últimos três anos; saiba como se prevenir
Em 2023, foram notificados 16 casos e, em 2024, nove casos no estado. A doença é causada pela bactéria Clostridium tetani, presente em objetos de metal — enferrujados ou não —, madeira, vidro, solo, galhos, espinhos, pedaços de móveis e até fezes de animais. A infecção pode ocorrer em situações comuns, como quedas em terrenos encharcados ou ferimentos com objetos não visíveis sob a água.
Para o infectologista Francisco José Cândido, do Hospital São José, unidade da rede estadual de saúde, a única forma eficaz de prevenção é a vacinação. Ele alerta que o risco de contrair tétano não se limita a acidentes com metais enferrujados. “Há perigo também em acidentes com veículos, coice de animais, lesões com instrumentos de manicure, ferimentos nos pés com contato direto com o solo, entre outros”, destaca.
Os sintomas do tétano incluem febre, espasmos musculares dolorosos, dores abdominais e vertebrais, dificuldade para engolir e respirar, além de sinais como o “riso sardônico” — uma expressão facial causada por contrações involuntárias dos músculos do rosto. Em casos mais graves, pode ser necessário intubação.
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Idosos e crianças têm maior dificuldade para descrever os sintomas, o que pode dificultar o diagnóstico. No entanto, os casos entre crianças são menos frequentes devido à ampla cobertura vacinal nessa faixa etária, especialmente durante a gestação. Já os idosos muitas vezes não recebem os reforços vacinais com a regularidade necessária ou não lembram se já foram imunizados.
A recomendação em casos de ferimentos é lavar o local com água e sabão neutro, para evitar irritações, e procurar atendimento médico.
“A avaliação profissional é importante para verificar se há necessidade de aplicar a vacina ou o soro antitetânico, usado em ferimentos mais graves”, explica o médico, Francisco José Cândido.
Conforme a coordenadora de Imunização do Ceará, Ana Karine Borges, o esquema vacinal contra o tétano começa aos dois meses de idade, com a aplicação da vacina pentavalente. “O esquema básico contempla três doses e dois reforços. Depois, o reforço deve ser realizado a cada dez anos”, orienta.
Para adolescentes, adultos e idosos que não têm registro anterior de vacinação, o processo de imunização começa com as vacinas contra a difteria e o tétano, com três doses aplicadas em intervalos de 60 dias. É possível consultar a situação vacinal nos postos de saúde, onde um profissional habilitado pode orientar adequadamente.
“É fundamental que a população procure uma unidade de saúde para verificar sua situação vacinal e manter-se protegida contra diversas doenças preveníveis”, reforça Ana Karine.
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