COBRANÇA TARIFÁRIA

Trump pausa tarifaço em 90 dias e reduz tarifas para 10% para todos os países, menos a China

A medida exclui a China, que foi diretamente alvo de um aumento nas tarifas de importação, agora elevadas de 104% para 125%, com efeito imediato

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9 de abril de 2025
Portal GCMAIS

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na tarde desta quarta-feira (9) uma pausa de 90 dias na cobrança de tarifas recíprocas para países que não retaliaram os EUA na guerra comercial em curso. A medida exclui a China, que foi diretamente alvo de um aumento nas tarifas de importação, agora elevadas de 104% para 125%, com efeito imediato.

Trump pausa tarifaço em 90 dias e reduz tarifas para 10% para todos os países, menos a China
Foto: Divulgação / Casa Branca

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“Com base na falta de respeito que a China demonstrou aos mercados mundiais, estou, por meio deste, aumentando a tarifa cobrada da China pelos Estados Unidos da América para 125%, com efeito imediato”, escreveu Trump em sua rede social Truth Social.

Segundo Trump, a suspensão temporária nas tarifas, reduzidas para 10%, será aplicada a países que optaram por não adotar medidas de retaliação após os aumentos anunciados na semana passada. A decisão é descrita como uma tentativa de “criar espaço para negociação”, especialmente em meio à crescente pressão de parceiros comerciais e instabilidade nos mercados globais.

A elevação drástica das tarifas contra a China ocorre em resposta às medidas adotadas pelo governo chinês no início da semana, que anunciou tarifas de 84% sobre produtos americanos. Trump reforçou que a nova postura visa interromper o que classificou como “exploração dos EUA e de outros países” por parte de Pequim. “A China perceberá que os dias de exploração dos EUA e de outros países não são mais sustentáveis ou aceitáveis”, afirmou.

Apesar do tom duro, Trump também sinalizou abertura ao diálogo: “Um acordo será alcançado com a China”, disse, embora tenha alegado que Pequim “não sabe como negociar”.

A resposta do mercado financeiro foi imediata. Nos Estados Unidos, os principais índices registraram forte alta:

Nasdaq: +9%

S&P 500: +7%

Dow Jones: +6%

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No Brasil, o dólar, que chegou a encostar nos R$ 6,10, recuou após o anúncio e chegou à mínima de R$ 5,87, operando a R$ 5,89 às 14h26, com queda de 1,5%. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, subiu 3,6% por volta das 14h40.

O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, afirmou em coletiva que mais de 75 países estão em negociação com os EUA e que a redução temporária das tarifas serve como instrumento de barganha. “A pausa é uma demonstração de boa fé, mas está condicionada ao avanço dos acordos”, destacou.

Impactos para o Brasil e outros países

Para o Brasil, a tarifa sobre produtos exportados aos EUA será de 10%, o patamar mínimo definido na nova política. O presidente americano indicou que o país não será afetado por retaliações no curto prazo.

Outros países também foram beneficiados com a medida. O Vietnã, por exemplo, que anteriormente enfrentava uma tarifa de 46%, terá essa alíquota reduzida para 10% durante o período da pausa. Contudo, Trump deixou claro que, caso não haja avanços nas negociações, as tarifas originais voltarão a valer após os 90 dias.

A nova rodada de medidas, incluindo a pausa na cobrança de tarifas, ocorre após o anúncio feito na semana passada, diretamente dos jardins da Casa Branca, em que Trump revelou um tarifaço global, com taxas variando de 10% a 50%, com base no déficit comercial que os EUA têm com cada país — e não em supostas barreiras comerciais, como inicialmente alegado.

Desde então, China, União Europeia e Canadá anunciaram retaliações, intensificando a tensão global. O Canadá, por exemplo, elevou suas tarifas sobre automóveis americanos, após os EUA aumentarem as taxas sobre produtos da indústria automobilística canadense.

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