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Semana Santa: entenda o significado da segunda-feira

Cada dia desta semana tem um significado específico

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14 de abril de 2025

Portal GCMAIS

A Segunda-feira Santa, o segundo dia da Semana Santa, marca um momento de profunda reflexão e espiritualidade para os fiéis cristãos em todo o mundo. Este dia é dedicado à meditação sobre os eventos que antecedem a Paixão de Cristo, com destaque para gestos e ensinamentos que revelam o amor e a autoridade de Jesus.

Semana Santa: entenda o significado da segunda-feira

Durante a celebração da Missa na Segunda-feira Santa, proclama-se o Evangelho segundo São João (Jo 12,1-11), que narra um episódio marcante: Jesus visita a casa de Lázaro, em Betânia, seis dias antes da Páscoa. Nesse momento íntimo, Maria, irmã de Lázaro, unge os pés de Jesus com um perfume precioso de nardo puro e enxuga-os com seus cabelos. O gesto silencioso e terno de Maria antecipa simbolicamente a sepultura de Cristo e demonstra um amor gratuito e profundo.

O perfume caro usado por Maria causa indignação em Judas Iscariotes, que questiona por que o bálsamo não foi vendido para ajudar os pobres. Contudo, Jesus defende Maria, afirmando que ela guardou o perfume para o dia de sua sepultura. Esse episódio destaca a importância do amor imediato e sincero, sem cálculos ou interesses egoístas.

Significados espirituais e litúrgicos

A Segunda-feira Santa é conhecida também como a “Segunda-feira da Autoridade”, pois reflete o poder espiritual de Jesus sobre toda a criação. Neste dia, a Igreja convida os fiéis a contemplar os últimos momentos de Cristo antes de sua crucificação, meditando sobre sua missão divina e seu sacrifício iminente.

Além disso, as leituras bíblicas deste dia incluem passagens do profeta Isaías sobre o “servo sofredor” (Is 42,1-7) e o Salmo 27, que expressa confiança em Deus mesmo diante das adversidades. Esses textos reforçam o paralelismo entre Cristo e o servo descrito por Isaías, preparando os fiéis para compreenderem o sofrimento redentor do Messias.

A Segunda-feira Santa, segundo a narrativa bíblica, é marcada por eventos significativos que antecedem a Paixão de Cristo. Os principais eventos bíblicos associados a este dia incluem:

Jesus Amaldiçoando a Figueira: No caminho para Jerusalém, Jesus encontrou uma figueira sem frutos e a amaldiçoou, simbolizando o julgamento divino sobre aqueles que não produzem frutos espirituais (Mateus 21:18-22; Marcos 11:12-14, 20-26).
Jesus Purificando o Templo: Ao chegar ao Templo, Jesus expulsou os mercadores e cambistas, acusando-os de transformar a casa de Deus em um mercado e um covil de ladrões (Mateus 21:12-13; Marcos 11:15-17; Lucas 19:45-46).
Ensinos e Debates no Templo: Durante sua estadia em Jerusalém, Jesus ensinou sobre o reino de Deus e debateu com os líderes religiosos sobre temas como a ressurreição, o maior mandamento, o pagamento de impostos e os sinais do fim dos tempos (Mateus 21:23-22:46; Marcos 11:27-12:44; Lucas 20:1-21:4).
Parábolas e Profecias: Jesus contou parábolas sobre a salvação e o fim dos tempos, além de profetizar sobre sua morte e ressurreição (Mateus 21:33-46; Marcos 12:1-12; Lucas 20:9-19).
Preparativos para a Traição: Foi durante esses dias que Judas Iscariotes começou a conspirar contra Jesus, oferecendo-se para trair seu Mestre em troca de dinheiro (Lucas 22:3-5).

Cada um desses eventos é significativo dentro do contexto da narrativa cristã da Semana Santa, culminando na crucificação e ressurreição de Jesus, celebradas na Sexta-feira Santa e no Domingo de Páscoa, respectivamente.

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