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Fortaleza confirma primeiro caso de febre oropouche; Ceará já soma 310 registros em 2025

Até o dia 5 de abril, já são 310 diagnósticos confirmados no Ceará

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15 de abril de 2025
Portal GCMAIS

O Ceará ultrapassou, apenas nos primeiros meses de 2025, o total de casos de febre oropouche registrado durante todo o ano passado. Até o dia 5 de abril, já são 310 diagnósticos confirmados, segundo boletim da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa). Entre eles, está o primeiro caso confirmado em Fortaleza, marcando a expansão da doença para fora do Maciço de Baturité, onde a arbovirose vinha se concentrando.

Fortaleza confirma primeiro caso de febre oropouche; Ceará já soma 310 registros em 2025
Foto: SEARB/IEC

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Além da capital, Maracanaú, na Região Metropolitana, e Quixadá, no Sertão Central, também confirmaram infecções. De acordo com o secretário executivo de Vigilância em Saúde da Sesa, Antônio Lima Neto, conhecido como Dr. Tanta, esses casos são considerados importados, pois os pacientes estiveram em Baturité e contraíram o vírus lá.

“A doença chegou à área urbana de Baturité, mas os casos não se concentram onde você não tem nichos para o vetor. Tem uma área urbana que se aproxima mais das vias fluviais, onde um morador planta banana, ciriguela, forma uma conjunção do micro habitat do maruim”, explica o secretário.

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A febre oropouche, transmitida pelo mosquito maruim (do gênero Culicoides), registrou um aumento expressivo em 2025, com 86 novos casos apenas na primeira semana de abril. Em comparação, 255 casos foram confirmados ao longo de todo o ano de 2024, com o primeiro paciente registrado apenas em junho.

O epicentro da doença continua sendo o município de Baturité, que concentra 72% dos casos (224 infecções). O restante está distribuído entre:

  • Aratuba (81);

  • Capistrano (1);

  • Mulungu (1);

  • Fortaleza (1);

  • Maracanaú (1);

  • Quixadá (1).

A febre oropouche é considerada uma arbovirose, com sintomas semelhantes aos da dengue, incluindo febre prolongada, dor no corpo e de cabeça, fotofobia, calafrios e tontura. Em casos mais graves, podem surgir manifestações neurológicas, como meningoencefalite, e até sinais hemorrágicos.

O diagnóstico é feito por exame laboratorial, e o Ministério da Saúde considera suspeitos os casos com febre acima de cinco dias, associada a outros sintomas.

Diferente do combate ao Aedes aegypti, transmissor da dengue e da chikungunya, a prevenção da febre oropouche passa por reduzir a exposição ao maruim, que não costuma habitar ambientes internos.

“Uma das coisas importantes é que o Culicoides, ao contrário do Aedes, não está dentro de casa. Ele vai para as varandas, procura as pessoas e volta para o meio ambiente”, esclarece Dr. Tanta.
“O futuro do controle da febre oropouche é a capacidade de bloquear a entrada do mosquito nas casas”, reforça.

Dicas de prevenção:

  • Usar roupas compridas e sapatos fechados;

  • Aplicar repelente nas áreas expostas da pele;

  • Utilizar telas de proteção em janelas e portas;

  • Manter terrenos e áreas próximas limpas;

  • Evitar o acúmulo de frutos e folhas no solo;

  • Minimizar a exposição em áreas de risco, como regiões ribeirinhas ou com vegetação densa.

Leia também | Ministério da Saúde pede incorporação da primeira vacina contra chikungunya ao SUS

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