HOSPITAL WALDEMAR ALCÂNTARA

Óculos de realidade virtual leva pacientes hospitalares a resgatar memórias afetivas

Iniciativa também contribui para a evolução clínica dos pacientes ao promover bem-estar e aliviar o estresse

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15 de abril de 2025
Portal GCMAIS

No Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara, em Fortaleza, a internação hospitalar ganhou um novo significado para muitos pacientes com o uso de óculos de realidade virtual. Por meio da tecnologia da realidade virtual, homens e mulheres que enfrentam longos períodos em leitos clínicos têm experimentado uma fuga temporária da rotina hospitalar – e uma reconexão com lembranças e sensações esquecidas.

Óculos de realidade virtual leva pacientes hospitalares a resgatar memórias afetivas
Foto: Reprodução

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Com o uso de óculos de realidade virtual, os pacientes são levados a vivenciar experiências imersivas como nadar entre tartarugas e recifes de corais, sobrevoar cidades em helicópteros, passear por florestas ou visitar países que jamais conheceram presencialmente. Para muitos, a sensação é surpreendente e profundamente emocional.

“Estar internado em um leito hospitalar pode trazer sentimentos como tristeza, medo, angústia, o distanciamento de pessoas, lugares, a rotina do dia a dia”, explica a psicóloga Chirliane Alves, que acompanha os pacientes durante o uso do equipamento. “O óculos possibilita viajar para espaços que são do gosto dele, que faziam parte da vida dele, do cotidiano.”

Antes de cada experiência, os pacientes passam por uma avaliação criteriosa, que considera funções cognitivas básicas como atenção, memória, nível de consciência e orientação. A proposta é oferecer não apenas entretenimento, mas uma intervenção terapêutica com impacto direto na saúde mental e emocional.

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“Paciente que está internado há muito tempo, ele perde muito da sua singularidade, daquilo que ele é”, ressalta Chirliane. “Então o uso do óculos é também uma forma de resgatar a identidade, as memórias e até mesmo os desejos mais simples.”

Um dos momentos mais marcantes, segundo a psicóloga, foi o relato de um homem que sonhava em rever o mar. “Quando ele colocou o óculos, ele disse que sentiu o cheiro do mar, sentiu o barulho das ondas. Foi uma experiência muito emotiva, porque fez um resgate dessas memórias que faziam parte da vida dele.”

A abordagem é parte de uma iniciativa que entende o tratamento hospitalar de forma mais ampla e humana, indo além dos procedimentos clínicos e medicamentos. “Poder olhar para essa parte emocional faz parte de quem a pessoa é. É importante olhar para esse todo do paciente que está adoecido no corpo, mas que não é só corpo — é espírito, é alma, é desejo, é sentimento.”

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