RELÍQUIA

Entenda o que aconteceu com a cruz onde Jesus morreu

Veracidade das relíquias continua a ser um tema de debate entre estudiosos

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18 de abril de 2025
Luciano Augusto

A crucificação de Jesus Cristo é um dos eventos mais marcantes da história cristã, representando o sacrifício supremo do Salvador pela humanidade. No entanto, um mistério que perdura ao longo dos séculos é o que aconteceu com a cruz original em que Ele foi executado. A “verdadeira cruz”, como muitos a chamam, se tornou um símbolo central para o Cristianismo, mas a veracidade das relíquias que alegam ser parte dessa cruz continua a ser um tema de debate.

Entenda o que aconteceu com a cruz onde Jesus morreu

A descoberta da Cruz: o papel de Helena e Constantino

A história da “verdadeira cruz” começa no século 4, quando a mãe do imperador romano Constantino, Helena, fez uma expedição a Jerusalém em busca da cruz onde Jesus foi crucificado. De acordo com relatos antigos, Helena teria encontrado três cruzes no local próximo ao Monte Gólgota. A tradição conta que ela testou as cruzes usando uma mulher doente, e a cruz que teria curado a mulher foi considerada a “verdadeira” cruz de Cristo.

Outro detalhe curioso dessa história é que, segundo alguns historiadores, a “verdadeira cruz” foi identificada como a única que tinha sinais de pregos, um método específico de crucificação usado para Jesus, de acordo com o Evangelho de João.

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Relíquias cristãs: de desejo a obsessão

A busca por relíquias cristãs ganhou força nos séculos 3 e 4, quando o Cristianismo começou a se expandir pelo Império Romano. A preservação de objetos associados a Cristo e aos santos se tornou uma forma de estabelecer uma conexão física com a fé. No entanto, estudiosos como Mark Goodacre, especialista em Novo Testamento, afirmam que, no início do Cristianismo, os fiéis não tinham a intenção de colecionar relíquias. Naquele período, a busca por objetos como os ossos dos mártires, por exemplo, já era comum, e a falta de vestígios de Jesus, como os seus ossos, levou à preservação de objetos como a cruz e a coroa de espinhos.

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A autenticidade das relíquias: um debate histórico

Apesar da tradição de que Helena teria encontrado a cruz verdadeira, muitos historiadores modernos questionam a autenticidade das relíquias espalhadas pelo mundo. Candida Moss, professora de História dos Evangelhos, argumenta que é improvável que a madeira encontrada seja realmente a cruz de Jesus, já que os romanos poderiam ter reutilizado a madeira em outras crucificações. Além disso, a história da cruz verdadeira começou a ser propagada muito tempo depois da morte de Cristo, o que levanta questões sobre a veracidade dos relatos antigos.

Oque aconteceu com a cruz onde Jesus morreu

Apesar das incertezas sobre a autenticidade das relíquias, o simbolismo da cruz permanece central para o Cristianismo. Ela não representa apenas um pedaço de madeira, mas o sacrifício de Jesus Cristo pela humanidade, um ato que transcende o tempo e o espaço. As relíquias podem ser vistas como um desejo humano de se conectar fisicamente com algo sagrado, mas a verdadeira essência da cruz, para os cristãos, está no seu significado espiritual e no sacrifício que ela representa.

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