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Estou recebendo mensagens do Nubank. O que fazer? Banco Central emite alerta

Proposta do Banco Central pode impactar Nubank e mudar cenário das fintechs no Brasil

Foto: Reprodução

Receber mensagens supostamente enviadas pelo Nubank pode gerar preocupação, especialmente diante do aumento de golpes financeiros e fraudes digitais. O Banco Central e órgãos de defesa do consumidor, como o Procon, têm alertado sobre práticas criminosas que usam o nome de instituições financeiras para enganar clientes. A seguir, entenda como esses golpes funcionam, o que fazer ao receber mensagens suspeitas e quais medidas de proteção são recomendadas.

Como funcionam os golpes usando o nome do Nubank?

Os golpes mais comuns envolvem o envio de mensagens de texto (SMS), e-mails ou ligações telefônicas que simulam comunicações oficiais do Nubank. Nessas abordagens, os golpistas informam sobre supostas compras não reconhecidas, bloqueios de conta, necessidade de atualização de dados ou transações suspeitas. O objetivo é criar um senso de urgência para que a vítima aja rapidamente, sem tempo para refletir ou checar a veracidade da mensagem.

Uma das estratégias mais sofisticadas é o golpe da falsa central de atendimento. Nele, o criminoso entra em contato, geralmente por telefone, e utiliza técnicas de engenharia social para convencer a vítima de que está realmente falando com um funcionário do banco. Muitas vezes, os golpistas já possuem dados pessoais da vítima, como nome e data de nascimento, o que aumenta a credibilidade da abordagem.

Além disso, é comum o uso de números de telefone aparentemente oficiais — inclusive com prefixos 0800 ou números curtos de SMS — graças a uma técnica chamada spoofing, que permite mascarar o número real de origem da chamada ou mensagem.

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O que o Nubank e o Banco Central dizem?

O Nubank reforça que nunca solicita, por telefone, e-mail ou mensagem, informações sensíveis como senhas, códigos de segurança, tokens, nem pede para que o cliente realize transferências, baixe aplicativos ou faça qualquer operação para “anular” transações. Todas as comunicações legítimas do Nubank são feitas principalmente pelo aplicativo oficial e, em alguns casos, por e-mail.

O Banco Central, por sua vez, mantém bancos de dados para monitorar contas suspeitas e colabora com instituições financeiras para identificar e bloquear tentativas de fraude. O Nubank, inclusive, utiliza dados do Banco Central e seus próprios sistemas de inteligência para alertar o cliente, por meio do aplicativo, caso esteja prestes a concluir uma transação para uma conta considerada suspeita. Esse recurso é chamado de Alerta de Golpe e aparece como um pop-up no app antes da finalização da operação.

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O que fazer ao receber mensagens suspeitas do Nubank?

Se você receber uma mensagem, ligação ou e-mail supostamente do Nubank, siga estas orientações:

Ferramentas de proteção do Nubank

O Nubank oferece recursos de segurança, como o Alerta de Golpe, que avisa quando você está prestes a transferir dinheiro para uma conta suspeita, e o Modo Rua, que limita transações quando o celular não está conectado a redes Wi-Fi seguras. Além disso, o banco utiliza sistemas avançados de defesa, como autenticação em dois fatores, reconhecimento biométrico e inteligência artificial para detectar atividades suspeitas.

O Nubank pode sair do Brasil após comunicado do Banco Central?

Não, o Nubank não vai sair do Brasil após o alerta do Banco Central. O que está em discussão é uma proposta de regulamentação que pode obrigar fintechs como o Nubank a mudar de nome caso não obtenham uma licença bancária formal, mas isso não significa o encerramento das operações da empresa no país.

A proposta do Banco Central, atualmente em consulta pública até maio de 2025, visa restringir o uso dos termos “bank” e “banco” apenas a instituições que possuam licença bancária completa. O objetivo é evitar confusões entre consumidores sobre o nível de proteção, serviços e regulamentação oferecidos por fintechs e bancos tradicionais. O Nubank, por exemplo, opera como instituição de pagamento e sociedade de crédito direto, e não como banco tradicional, embora ofereça serviços similares.

Se a medida for aprovada, o Nubank terá duas opções principais:

Essa discussão tem gerado preocupação no setor de fintechs, pois pode impactar a inovação e a competitividade, além de representar custos e desafios de adaptação para empresas que construíram marcas reconhecidas no mercado digital brasileiro.

Importante destacar que não há qualquer indício de que o Nubank vá encerrar suas atividades ou deixar de operar no Brasil. Rumores sobre uma possível saída do país são falsos e já foram desmentidos oficialmente pela própria empresa. O que está em pauta é a necessidade de adequação à nova regra, caso seja aprovada, seja por meio da obtenção de licença bancária ou da mudança de nome.

Portanto, clientes do Nubank não precisam se preocupar com o fim do serviço ou com a saída da empresa do Brasil. O que pode ocorrer, caso a proposta do Banco Central avance, é uma mudança de nome ou uma transição para uma licença bancária, mas a continuidade das operações está garantida.

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