MONITORAMENTO

Mais de 1.300 imóveis em Fortaleza apresentam focos do Aedes aegypti, aponta levantamento

Ao todo, 49.152 residências foram inspecionadas pela Vigilância em Saúde da capital, e 1.359 apresentaram sinais de infestação

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29 de abril de 2025

Portal GCMAIS

A mais recente edição do Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa), realizada entre os dias 14 e 18 de abril em Fortaleza, identificou focos de larvas do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya em 2,76% dos imóveis visitados. Ao todo, 49.152 residências foram inspecionadas pela Vigilância em Saúde da capital, e 1.359 apresentaram sinais de infestação.

Mais de 1.300 imóveis em Fortaleza apresentam focos do Aedes aegypti, aponta levantamento

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Apesar do índice indicar situação de baixo risco de transmissão de arboviroses, alguns bairros concentram maior número de focos e acendem alerta. Entre as áreas mais afetadas estão Moura Brasil, Jardim das Oliveiras, Conjunto Palmeiras, Granja Portugal, Autran Nunes, Aerolândia, Conjunto Ceará, Vila Ellery, Granja Lisboa e Bonsucesso. Nessas regiões, a Prefeitura intensificou ações de controle químico e visitas preventivas.

Segundo Josete Malheiro, coordenador de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), o LIRAa é essencial para identificar onde estão os criadouros e direcionar as estratégias de combate. “O enfrentamento ao mosquito só é possível com o apoio da população”, reforça.

O levantamento também identificou os tipos de recipientes mais comuns para a proliferação do mosquito. Os depósitos móveis, como vasos de planta, pratos, bebedouros e materiais de construção, lideram o ranking. Em seguida, aparecem os reservatórios de água ao nível do solo, como tonéis e tambores. Depósitos fixos (calhas, piscinas, sanitários e lajes) e lixo acumulado também são fatores críticos.

As ações de combate são realizadas ao longo de todo o ano, com reforço no período de chuvas. A Operação Inverno 2024/2025, finalizada em março, inspecionou mais de 336 mil imóveis em 48 bairros considerados estratégicos. As medidas incluem visitas domiciliares, aplicação de inseticidas, atendimento a denúncias pelo 156, recolhimento de pneus e campanhas de conscientização.

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Casos de dengue

Até 19 de abril, Fortaleza registrou 1.516 notificações de dengue. Do total, 77 casos foram confirmados (5,1%), 1.090 foram descartados (71,9%) e 301 permanecem sob investigação.

Realizado pela Prefeitura de Fortaleza, o LIRAa faz parte de uma estratégia nacional de monitoramento do Aedes aegypti. A recomendação do Ministério da Saúde é que os municípios realizem quatro levantamentos por ano, especialmente em períodos não epidêmicos.