Vídeos mostram operários destruindo materiais de construção, quebrando paredes e vidraças, e deixando um rastro de prejuízo nos locais por onde passam
Atos de vandalismo são registrados nos canteiros de obras em Fortaleza
A greve dos trabalhadores da construção civil em Fortaleza, iniciada sem aviso prévio e fora dos trâmites legais, tem sido marcada por uma série de atos de vandalismo em diversos canteiros de obras da capital cearense. Vídeos mostram operários destruindo materiais de construção, quebrando paredes e vidraças, e deixando um rastro de prejuízo nos locais por onde passam.

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Segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE), as manifestações não foram precedidas do cumprimento das exigências legais para deflagração de greve, como a aprovação em assembleia da categoria, o esgotamento das negociações entre as partes e o aviso prévio de 48 horas. “Fomos surpreendidos por essa paralisação tão violenta e tão criminosa”, declarou o vice-presidente da entidade, Marcelo Pordeus, destacando que a sexta rodada de negociação entre os sindicatos patronal e laboral ainda estava em andamento.
Os episódios de violência envolvem a destruição de materiais como blocos de gesso, argamassa e concreto, além da depredação de escritórios e estruturas físicas das obras. Em algumas imagens, é possível ver manifestantes com o rosto coberto usando ferramentas de trabalho para destruir estruturas de vidro e derrubar grades.
Além dos danos materiais, os prejuízos se estendem ao tempo de trabalho perdido, ao desperdício de insumos e à paralisação da cadeia produtiva. “O prejuízo vai além do que foi quebrado. São horas paradas, materiais desperdiçados e impactos na mobilidade urbana da população”, afirmou o vice-presidente do Sinduscon-CE, citando ruas interditadas e atrasos no trânsito em função dos protestos.
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A situação também levanta questões legais. Segundo a advogada Lívia Paiva, ouvida pela reportagem, os atos podem configurar crime de dano qualificado, com pena prevista de até três anos de reclusão e multa. “A manifestação precisa ser pacífica. Quando envolve vandalismo, ela extrapola os limites legais e pode gerar responsabilizações civis e criminais”, explicou.
Um áudio atribuído a um dos líderes do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil revela a incitação a paralisações ilegais, sugerindo interrupções no meio do expediente. “Paralisação de duas horas não existe mais. Agora é meio expediente. Se cobrar uma obra, sai mais caro”, diz o trecho.
Diante dos acontecimentos, o Sinduscon-CE reiterou seu compromisso com o diálogo e informou que está tomando medidas legais para responsabilizar os envolvidos. A entidade também enfatizou que respeita o direito de greve, mas que este deve ser exercido dentro da legalidade e de forma pacífica.
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