dia do trabalhador

32,5 milhões de trabalhadores no Brasil são autônomos informais ou trabalham sem carteira

Apesar do avanço da informalidade, o número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado atingiu recorde, com 39,4 milhões de empregados no primeiro trimestre de 2025

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1 de maio de 2025
Portal GCMAIS

Cerca de 32,5 milhões de brasileiros trabalham de forma autônoma e informal, sem CNPJ, ou são empregados do setor privado sem carteira assinada, o que corresponde a 31,7% dos 102,5 milhões de trabalhadores do país, segundo dados do IBGE referentes ao primeiro trimestre deste ano. O levantamento não inclui trabalhadores domésticos, funcionários públicos e empregadores sem registro formal.

32,5 milhões de trabalhadores no Brasil são autônomos informais ou trabalham sem carteira
Foto: Pixabay

Em relação ao mesmo período de 2024, houve aumento tanto no número absoluto quanto na proporção desses trabalhadores, que somavam 32,3 milhões e representavam 31,5% da força de trabalho. Nos últimos cinco anos, o contingente cresceu quase 10%.

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A chamada “plataformização” – uso de aplicativos para intermediar serviços como entregas e transporte – intensificou a informalidade. Trabalhadores relatam jornadas extenuantes e rendimentos inferiores aos de empregados com carteira assinada. O rendimento médio de um trabalhador formal é de R$ 3.145, 51% superior ao dos autônomos sem CNPJ, que recebem em média R$ 2.084.

Segundo a Amobitec, associação de empresas do setor, 2,2 milhões de pessoas atuam em plataformas de mobilidade e entregas. A entidade defende a regulamentação do setor para garantir benefícios previdenciários, ressaltando que a flexibilidade é vista como principal vantagem pelos trabalhadores.

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32,5 milhões trabalhadores no Brasil são autônomos informais ou trabalham sem carteira

A “pejotização” – contratação de pessoas como pessoa jurídica (PJ) em vez de vínculo formal – também cresce e preocupa especialistas, pois pode significar perda de direitos e insegurança. O tema está sob análise do STF, que suspendeu processos sobre o assunto até decisão definitiva.

Apesar do avanço da informalidade, o número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado atingiu recorde, com 39,4 milhões de empregados no primeiro trimestre de 2025, o maior patamar desde 2012, segundo o IBGE. As centrais sindicais também reivindicam valorização do salário mínimo, recuperação do poder de compra de aposentados e redução da jornada de trabalho sem corte salarial.

Reivindicações

A Pauta da Classe Trabalhadora 2025, entregue nesta semana ao presidente Lula, traz outras 24 reivindicações, além das já citadas regulamentação dos trabalhos mediados por aplicativos e o enfrentamento à informalidade. Entre elas estão a recuperação do poder de compras de aposentados e pensionistas, valorização do salário mínimo, fortalecimento do FAT e do FGTS, redução da jornada de trabalho sem diminuição do salário e fim da escala 6×1.

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O presidente registrou o recebimento da pauta, em pronunciamento nas redes. “Nosso governo tem raízes nessa luta e estará sempre com as portas abertas para o diálogo com aqueles que fazem a roda da economia girar”, afirmou Lula.

Apesar de o número de trabalhadores autônomos informais e daqueles sem carteira assinada no setor privado representar quase um terço da população ocupada no país, o IBGE vem registrando aumentos no total de empregos com carteira assinada no setor privado.

Com informações da Agência Brasil

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