IGREJA CATÓLICA

Quando começa o conclave para escolha do novo Papa? Entenda a seguir

Para ser eleito, um cardeal precisa obter pelo menos dois terços dos votos dos cardeais eleitores, que atualmente são 133, ou seja, pelo menos 89 votos

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5 de maio de 2025
Portal GCMAIS

O conclave para a escolha do novo Papa é um dos eventos mais solenes e tradicionais da Igreja Católica, marcado por rituais milenares e um rigoroso sigilo. Mas afinal, quando começa o conclave e como se determina esse momento tão aguardado?

Quando começa o conclave para escolha do novo Papa? Entenda a seguir
Foto: Reprodução

O início do conclave não ocorre imediatamente após a morte ou renúncia de um Papa. Segundo as normas estabelecidas pela constituição apostólica Universi Dominici Gregis, promulgada por João Paulo II e atualizada posteriormente, o conclave deve começar entre o 15º e o 20º dia após a vacância da Sé Apostólica, ou seja, após a morte ou renúncia do pontífice anterior. Esse intervalo serve para permitir a chegada dos cardeais eleitores de todas as partes do mundo e para a realização das cerimônias fúnebres, conhecidas como Novendiali, que são nove dias de missas em sufrágio do Papa falecido.

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Conclave começa quarta-feira, dia 07

No caso da sucessão do Papa Francisco, o Vaticano anunciou que o conclave terá início na quarta-feira, 7 de maio de 2025. Essa data foi definida durante as Congregações Gerais, reuniões preparatórias entre os cardeais, levando em consideração a chegada de todos os eleitores e a conclusão dos ritos fúnebres. A manhã do dia 7 será marcada pela celebração da missa “pro eligendo Pontifice” na Basílica de São Pedro, uma cerimônia solene em que os cardeais pedem a inspiração do Espírito Santo para a escolha do novo pontífice.

Após a missa, os cardeais eleitores – aqueles com menos de 80 anos – seguem em procissão até a Capela Sistina, local onde o conclave acontece desde o século XV. Ali, eles ficam completamente isolados do mundo exterior. A famosa expressão em latim “Extra omnes”, que significa “fora todos”, é pronunciada para indicar que apenas os cardeais eleitores e poucos auxiliares permanecerão no recinto, dando início oficial ao conclave.

Durante o conclave, os cardeais ficam hospedados na Casa Santa Marta, dentro do Vaticano, e têm sua comunicação com o exterior totalmente bloqueada. O objetivo é garantir que a escolha do novo Papa seja feita sem qualquer influência externa, mantendo o segredo absoluto sobre as discussões e votações.

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Como é a eleição para escolha do novo Papa

O processo de votação começa na tarde do primeiro dia, com apenas uma rodada de votos. A partir do segundo dia, são realizadas até quatro votações diárias: duas pela manhã e duas à tarde. Para que um cardeal seja eleito Papa, é necessário obter uma maioria qualificada de dois terços dos votos. Com 133 cardeais eleitores atualmente previstos, isso significa pelo menos 89 votos.

Caso não haja consenso após três dias de votação, é feita uma pausa de 24 horas para oração e reflexão. Outras pausas podem ocorrer se o impasse persistir. Se, após 34 rodadas de votação, ainda não houver um eleito, os dois cardeais mais votados passam a disputar uma espécie de “segundo turno”, mas ainda é preciso atingir a maioria de dois terços para que um deles seja escolhido.

O conclave não tem uma data exata para terminar, mas as últimas eleições papais foram rápidas: tanto Bento XVI (2005) quanto Francisco (2013) foram eleitos em apenas dois dias. Historicamente, a média é de dois a três dias de votação, raramente ultrapassando cinco dias.

Se não houver consenso no primeiro dia, o que acontece

Se não houver consenso no primeiro dia do conclave para a escolha do novo Papa, o processo de votação continua nos dias seguintes com até quatro votações por dia – duas pela manhã e duas à tarde. Para ser eleito, um cardeal precisa obter pelo menos dois terços dos votos dos cardeais eleitores, que atualmente são 133, ou seja, pelo menos 89 votos.

Caso nenhum candidato alcance essa maioria qualificada após várias votações, o conclave pode fazer pausas para oração e reflexão. Após o terceiro dia sem um eleito, há uma pausa de 24 horas, e outra pausa pode ser convocada após mais sete votações sem consenso. Se mesmo assim não houver um Papa escolhido, quando o número total de votações atingir 34, os dois cardeais mais votados na última rodada disputam uma espécie de “segundo turno”. Ainda assim, para ser eleito, um deles precisa alcançar os dois terços dos votos.

Durante todo o processo, as votações são secretas e as cédulas são queimadas após cada apuração. A cor da fumaça que sai da chaminé da Capela Sistina indica o resultado: fumaça preta significa que não houve consenso, e fumaça branca anuncia a eleição de um novo Papa.

Conclave: quem são os mais cotados para substituir o Papa Francisco

As principais bolsas de apostas internacionais, especialmente plataformas como Polymarket e OddsChecker, apontam um grupo restrito de cardeais como favoritos para assumir o papado após o falecimento de Francisco. O mercado de apostas já movimentou dezenas de milhões de dólares, refletindo o interesse global pelo conclave.

Principais nomes cotados:

Pietro Parolin (Itália): Atual secretário de Estado do Vaticano, é considerado o grande favorito, liderando as apostas com percentuais entre 23% e 37% conforme diferentes plataformas. Parolin é visto como um nome de continuidade e possui vasta experiência diplomática.

Luis Antonio Tagle (Filipinas): Segundo colocado, com chances variando entre 19% e 26% nas apostas. Tagle é conhecido pelo perfil progressista e pelo compromisso com justiça social e diálogo inter-religioso.

Matteo Zuppi (Itália): Também aparece entre os favoritos, com cerca de 11% a 12% das apostas. Zuppi é reconhecido pelo trabalho social e pelo diálogo com diferentes grupos dentro da Igreja.

Peter Turkson (Gana): Figura entre os cinco mais cotados, com 7% a 17% das apostas, dependendo da fonte.

Pierbattista Pizzaballa (Itália): Patriarca latino de Jerusalém, com 7% a 9% das apostas.

Péter Erdö (Hungria): Também listado entre os principais, com cerca de 7% a 9% das apostas.

Outros nomes citados com menor frequência incluem Robert Sarah, Raymond Burke, Mario Grech e Fridolin Ambongo Besungu.

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