Durante todo o processo, os cardeais ficam isolados do mundo externo, sem acesso a notícias ou comunicação com familiares, garantindo o sigilo e a concentração na eleição
Quem está cotado para ser o próximo Papa? Veja quando começa conclave 2025
O conclave de 2025 para eleger o próximo papa da Igreja Católica reunirá 133 cardeais eleitores com menos de 80 anos na Capela Sistina. Este processo ocorre após a morte do papa Francisco, em 21 de abril, aos 88 anos, deixando a Igreja em período de Sé Vacante, ou seja, sem um pontífice. Veja a seguir quando começa o conclave de 2025 e como funciona o processo de eleição do novo Papa da Igreja Católica.

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Próximo Papa: veja a lista de cotados
A eleição do novo papa é cercada de expectativas e especulações, com nomes que refletem diferentes regiões do mundo e correntes internas da Igreja, incluindo tanto candidatos ligados ao legado progressista de Francisco quanto figuras de perfil mais conservador. O conclave de 2025 começa na quarta-feira, dia 7 de maio de 2025, no Vaticano,
Entre os principais cotados estão:
Pietro Parolin (Itália): Atual secretário de Estado do Vaticano, Parolin tem 70 anos e é visto como o favorito em várias casas de apostas, com cerca de 23% de chance segundo a plataforma Polymarket. Ele é conhecido por sua experiência diplomática, tendo atuado em relações da Santa Sé com países como China e Israel. Parolin é favorável a uma Igreja mais democrática e à comunhão para divorciados, mas mantém posições tradicionais em outros temas.
Matteo Zuppi (Itália): Cardeal italiano, com forte experiência em mediação de conflitos, como na guerra civil em Moçambique, e atuação em organizações como a Comunidade de Santo Egídio. Zuppi é alinhado à linha pastoral de Francisco e é visto como um articulador político importante, com capacidade de mediação e diálogo entre diferentes grupos.
Luis Antonio Tagle (Filipinas): Arcebispo emérito de Manila e cardeal desde 2012, Tagle é conhecido como “o Francisco asiático” por seu compromisso com os pobres e imigrantes. Ele representa a possibilidade de um papa não europeu e tem apoio por sua postura moderada e foco na justiça social. No entanto, enfrenta críticas relacionadas a questões administrativas e à sensibilidade da relação da Igreja com a China.
Outros nomes que aparecem nas listas de “papabili” incluem o cardeal francês Jean-Marc Aveline, o maltês Mario Grech, o português José Tolentino de Mendonça, o americano Robert Francis Prevost e o britânico Arthur Roche, todos alinhados em maior ou menor grau com a continuidade das reformas iniciadas por Francisco.
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O conclave inicia com uma missa solene na Basílica de São Pedro, seguida pelo juramento dos cardeais na Capela Sistina. A partir daí, as votações ocorrem em segredo, com os cardeais isolados do mundo exterior até que um novo papa seja escolhido. Para ser eleito, o candidato precisa obter dois terços dos votos dos cardeais presentes. A duração do conclave é incerta, podendo durar de poucos dias até semanas, dependendo do consenso entre os cardeais.
Este momento é decisivo para o futuro da Igreja Católica, pois o novo papa poderá definir os rumos da instituição após o pontificado de Francisco, que foi marcado por reformas e uma maior aproximação com minorias e os pobres. A escolha pode tanto representar a continuidade desse legado quanto uma mudança de direção, caso um candidato mais conservador seja eleito.
Como funciona o processo de votação
O processo de votação no conclave, que elege o novo papa da Igreja Católica, ocorre de forma secreta e rigorosamente tradicional na Capela Sistina, no Vaticano. Participam apenas os cardeais eleitores com menos de 80 anos, que atualmente são 133 para o conclave de 2025.
Funcionamento da votação:
No primeiro dia do conclave, é realizada uma única votação. Caso nenhum candidato obtenha os dois terços dos votos necessários, os cardeais voltam a se reunir no dia seguinte para continuar as votações.
A partir do segundo dia, são realizadas até quatro votações por dia: duas pela manhã e duas à tarde.
Para ser eleito papa, um cardeal precisa obter pelo menos dois terços dos votos dos eleitores presentes. Com 133 cardeais, isso significa ao menos 89 votos.
Os cardeais escrevem o nome do candidato em uma cédula, que é depositada em uma urna. Eles não podem votar em si mesmos.
Após cada votação, as cédulas são queimadas em um forno especial dentro do Vaticano. A fumaça que sai pela chaminé da Capela Sistina indica o resultado: fumaça preta significa que não houve eleito; fumaça branca indica que um novo papa foi escolhido.
Pausas e desempates:
Se após três dias de votações não houver eleito, os cardeais fazem uma pausa de 24 horas para orações e reflexão.
Caso o impasse persista, uma nova pausa pode ocorrer após mais sete votações sem consenso.
Se o conclave chegar a 34 votações sem eleger o papa, os dois candidatos mais votados disputam um “segundo turno”, no qual ainda será necessário obter dois terços dos votos para vencer.
Durante todo o processo, os cardeais ficam isolados do mundo externo, sem acesso a notícias ou comunicação com familiares, garantindo o sigilo e a concentração na eleição.
O conclave de 2025 promete ser um evento histórico, com uma disputa entre cardeais de diferentes continentes e visões, refletindo a diversidade e os desafios atuais da Igreja Católica. A partir de 7 de maio, o mundo acompanhará atentamente a eleição do novo líder espiritual para os católicos.
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