AFOGAMENTO

Bombeiros encerram buscas por Wallace Levi, adolescente desaparecido na Barra do Ceará

Família se despede das esperanças de um velório digno após 10 dias de angústia

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7 de maio de 2025
Portal GCMAIS

O Corpo de Bombeiros Militar do Ceará encerrou oficialmente, nesta quarta-feira (7), as buscas ativas pelo adolescente Wallace Levi Silva Cavalcante, de 13 anos, desaparecido desde o último dia 28 de abril no encontro do rio Ceará com o mar, na Barra do Ceará, em Fortaleza. A decisão foi tomada após oito dias consecutivos de operações, que incluíram mergulhos, varreduras com drones e patrulhamento aquático.

Bombeiros encerram buscas por Wallace Levi, adolescente desaparecido na Barra do Ceará
Foto: Reprodução

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Wallace foi visto pela última vez quando entrou na água com um amigo, logo após jogar futebol em uma quadra próxima ao local do acidente. O amigo foi resgatado por populares, mas Wallace foi arrastado pela forte correnteza. Desde então, a família mantinha vigília diária à espera de notícias.

A mãe, Rosângela Cavalcante, auxiliar de costureira, clama por um encerramento digno. “Eu queria só encontrar meu filho para fazer um velório digno. Só isso que eu queria, que o mar devolvesse meu filho”, disse, emocionada. “Eu sei que ele não tava vivo mais, né? Mas eu queria o corpo pra mim. A gente fazer um velório aos amigos dele.”

O pai, Francisco Antônio Cavalcante, comerciante, relembra a luta do filho desde o nascimento. “O Wallace é um milagre. Nasceu prematuro de sete meses, ficou dois meses na incubadora, e depois só cresceu, sem nenhum problema de saúde. Um menino alegre, sonhador, que não me dava trabalho.”

Bombeiros encerram buscas por Wallace Levi, adolescente desaparecido na Barra do Ceará

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Wallace sonhava em ser jogador de futebol. Atuava como zagueiro em um projeto social da região. O treinador e professor de futebol Berg Martins lembra com carinho do garoto. “A gente veio jogar nessa quadra aqui com o Wallace seis vezes. Só esse ano foram três. Ele nunca desobedeceu, até ajudava a gente.”

Segundo testemunhas, o campo onde jogavam fica a cerca de 50 metros do ponto onde o afogamento ocorreu. O local, apesar de sinalizado com boias, tem correntezas perigosas. Ainda assim, é comum a presença de jovens se banhando ali após partidas de futebol.

A comerciante Maria Taylane, amiga da família, descreve Wallace como “uma criança maravilhosa, que queria realizar o sonho de ser jogador para dar um futuro melhor para a mãe”.

Em nota, o Corpo de Bombeiros explicou que as equipes atuaram desde o início das buscas com o apoio de mergulhadores, motopatrulhamento aquático e drones, cobrindo o trecho do litoral entre a Barra do Ceará e a Barra do Cauípe. Agora, a operação entra em fase de monitoramento passivo, ou seja, sem ações de busca ativa, mas com observação contínua da área.

A avó de Wallace, Laís Alves, também prestou uma homenagem emocionada: “Aquele menino vai fazer muita falta a nós aqui. Era um menino muito amado.”

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