No episódio mais recente, quatro felinos foram encontrados mortos ou agonizando no pátio da instituição
Em quatro meses, 12 gatos são encontrados mortos em campus do IFCE; suspeita é de envenenamento
Com o último caso tendo acontecido durante o feriado de 1° de maio, ao menos 12 gatos foram encontrados mortos no campus Fortaleza do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) nos últimos quatro meses. Localizado no bairro Benfica, o campus se tornou palco de um grave caso de maus-tratos a animais, com fortes indícios de envenenamento em série. No episódio mais recente, quatro felinos foram encontrados mortos ou agonizando no pátio da instituição.

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A Polícia Civil do Ceará (PCCE) confirmou que o caso está sob investigação da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), unidade especializada responsável por apurar crimes ambientais. Laudos veterinários apontam sintomas clássicos de envenenamento, como pupilas dilatadas, salivação excessiva, convulsões e sinais de sofrimento neurológico.
Apesar dos alertas recorrentes dos cuidadores desde os primeiros casos de gatos mortos, servidores relatam que a direção do campus Fortaleza do IFCE não adotou medidas concretas para investigar ou prevenir os crimes. Há inclusive suspeitas de que integrantes da própria comunidade acadêmica possam estar envolvidos nas ações. Capturas de mensagens em grupos de WhatsApp sugerem o desejo de retirar os animais do campus.
A denúncia mais grave ocorreu em 2021, quando um servidor foi acusado de agredir um filhote com um chute, causando fratura na mandíbula do animal. O gato sobreviveu após cirurgia e foi adotado por uma professora.
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A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou, por nota oficial, que a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente está conduzindo diligências para identificar os autores dos atos criminosos. “A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), unidade especializada da Polícia Civil do Ceará, realiza diligências com o intuito de identificar a autoria das ações criminosas”, afirmou o comunicado.
Os atos configuram crime ambiental, conforme o artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998), que proíbe maus-tratos a animais silvestres, domésticos ou domesticados. A legislação foi alterada em 2020 para ampliar as penalidades no caso de maus-tratos contra cães e gatos. A pena atual varia de 2 a 5 anos de reclusão, além de multa e proibição da guarda de animais. Em caso de morte, a punição pode chegar a até 6 anos de prisão.
Diante da comoção gerada pelo caso, a direção do IFCE realizou uma reunião com representantes da comunidade acadêmica para discutir ações preventivas e de acolhimento. Entre as propostas, estão a instalação de câmeras de vigilância, reforço na segurança do campus e a criação de um protocolo de proteção aos animais que vivem na instituição.
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