Aumento de 0,60% no mês supera média nacional e reflete alta expressiva em medicamentos e itens da cesta básica; no acumulado de 12 meses, inflação atinge 5,35%
Puxada por alimentos e remédios, Fortaleza registra a 2ª maior inflação do Brasil
A Região Metropolitana de Fortaleza registrou, em abril, a segunda maior inflação do país, empatando com Campo Grande. O índice de 0,60%, divulgado nesta sexta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou acima da média nacional, que foi de 0,43%, e só foi superado por Porto Alegre (0,95%).

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O principal motor da alta foi o grupo alimentos e bebidas, seguido de saúde e cuidados pessoais, este último fortemente impactado pelo reajuste de até 5,09% nos preços de medicamentos, autorizado no fim de março. Com isso, o acumulado da inflação na capital cearense em 2024 já soma 2,08%. Nos últimos 12 meses, o IPCA chega a 5,35%.
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Alimentos e remédios lideram as altas
Entre os produtos que mais encareceram no mês, estão alimentos da base alimentar da população, como batata-inglesa (+20,14%), tomate (+17,68%), cebola (+7,29%) e cheiro-verde (+5,17%). Já no setor farmacêutico, os maiores aumentos ocorreram nos antidiabéticos (+6,01%), anti-inflamatórios (+5,99%), psicotrópicos (+5,18%) e oftalmológicos (+4,82%).
Por outro lado, alguns itens apresentaram queda de preço em abril, como a cenoura (-15,04%), maracujá (-10,5%), manga (-10,2%) e passagens aéreas (-7,59%).
INPC também é o segundo maior do país
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com renda entre um e cinco salários mínimos, também apontou Fortaleza com o segundo maior resultado do país em abril: 0,64%, contra a média nacional de 0,48%.
Nesse grupo, os maiores vilões foram o setor de vestuário (+3,26%), artigos de residência (+1,75%) e habitação (+0,93%). Destaque para os sapatos femininos (+20,14%) e masculinos (+17,68%), que sofreram forte reajuste com a chegada das novas coleções de outono-inverno.
Cenário nacional
Em todo o país, a inflação desacelerou de 0,56% em março para 0,43% em abril, segundo o IPCA. A alta nacional também foi puxada por alimentos (0,82%) e saúde (1,18%), enquanto o grupo transportes (-0,38%) foi o único com deflação, graças à redução no preço de passagens aéreas e combustíveis, como óleo diesel (-3,81%) e etanol, beneficiado pelo avanço da safra.
Segundo o gerente da pesquisa do IBGE, Pedro Kislanov, o comportamento dos preços em abril reflete, além de questões sazonais, reajustes regulados — como o dos medicamentos — e a influência climática sobre a produção agrícola.
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