CENSO 2022

Ceará tem o terceiro maior percentual de autistas do Brasil, aponta Censo do IBGE

O levantamento inclui, pela primeira vez, informações sobre autismo, conforme estabelece a Lei nº 13.861/2019, que tornou obrigatória a coleta desses dados

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23 de maio de 2025

Portal GCMAIS

O Ceará registra o terceiro maior percentual de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no Brasil. Dados do Censo Demográfico 2022, divulgados nesta sexta-feira (23) pelo IBGE, apontam que 1,4% da população cearense possui diagnóstico de TEA, o equivalente a 126.548 pessoas.

Ceará tem o terceiro maior percentual de autistas do Brasil, aponta Censo do IBGE

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O levantamento inclui, pela primeira vez, informações sobre autismo, conforme estabelece a Lei nº 13.861/2019, que tornou obrigatória a coleta desses dados. Em termos proporcionais, o estado fica atrás apenas do Acre (1,6%) e do Amapá (1,5%). Na comparação absoluta, o Ceará ocupa a sexta posição no país, atrás de São Paulo (547 mil), Minas Gerais (228 mil), Rio de Janeiro (214 mil), Bahia (144 mil) e Paraná (132 mil).

O Censo também mostra que mais da metade dos cearenses diagnosticados com TEA são crianças e adolescentes. A pesquisa contabiliza ainda 47.245 pessoas com idades entre 20 e 59 anos e 12.474 idosos com o transtorno.

O levantamento confirma uma tendência já observada em outros estudos: o autismo é mais prevalente entre homens. No Ceará, 79.245 são do sexo masculino, enquanto 47.303 são mulheres.

Um dado que chama a atenção é a quantidade de idosos com mais de 100 anos diagnosticados com TEA. No Ceará, são 34 pessoas nessa faixa etária, o quarto maior número do país, atrás da Bahia (78), Mato Grosso (53) e Amazonas (36). O levantamento também apresenta um recorte sobre a população indígena. No Ceará, 875 indígenas foram diagnosticados com TEA, o terceiro maior número absoluto do Nordeste.

O IBGE destacou que a inclusão de informações sobre autismo no Censo é um desafio, já que o diagnóstico do TEA exige avaliação clínica detalhada, algo que não pode ser realizado no modelo de pesquisa domiciliar. Por isso, a identificação se baseou na pergunta: “Já foi diagnosticado(a) com autismo por algum profissional de saúde?”.

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