Além da retirada forçada, o sinal da TV Câmara, que transmitia a sessão ao vivo, foi cortado imediatamente.
Oposição ocupou Mesa da Câmara por 48 horas e não foi retirada à força, relembra Glauber Braga
O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) criticou duramente a ação da polícia legislativa que o retirou à força da mesa da Câmara dos Deputados nesta terça-feira. Após ser atendido e realizar exames, Braga falou com jornalistas e relembrou a postura do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), durante a ocupação da mesa por parlamentares de oposição em agosto, que durou 48 horas sem qualquer intervenção forçada.

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Segundo o deputado, a diferença entre os dois episódios é evidente. Braga afirmou: “Quando a extrema direita sequestrou a mesa diretora, foram mais de 48 horas de negociação. Agora existia uma orientação imediata para que a polícia legislativa agisse com turbulência… É uma ordem direta do senhor Hugo Mota, por uma truculência evidente, porque ele toma o lado do arbítrio”. Ele denunciou que alguns policiais legislativos chegaram a questionar a ordem de agir com força contra ele.
Na ocasião desta terça-feira, menos de uma hora após ocupar a cadeira de presidente da Câmara, Braga foi retirado por agentes de segurança, em contraste com a leniência demonstrada quando parlamentares de oposição ocuparam a mesa anteriormente. “Os caras ficaram 48 horas, eu fiquei algumas poucas horas, e já foi suficiente para este tipo de ação”, afirmou o deputado.
Além da retirada forçada, o sinal da TV Câmara, que transmitia a sessão ao vivo, foi cortado imediatamente. A imprensa também foi removida do plenário e das galerias, impedindo o registro da ação. Até o momento, não há confirmação se a decisão de cortar a transmissão partiu do próprio Hugo Motta.
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Imagens registradas por outros deputados mostram Braga sendo conduzido ao Salão Verde, fora do plenário Ulysses Guimarães, com as roupas rasgadas. No local, ele falou à imprensa, acompanhado por parlamentares aliados e governistas, reforçando suas críticas à ação. “Porque com os golpistas que sequestraram a mesa, sobrou docilidade, agora com quem não entra no jogo deles, é porrada”, disse.
O episódio reacende o debate sobre o uso da força pela polícia legislativa e o tratamento diferenciado dado a parlamentares em situações de protesto. Braga afirmou que sua retirada representa um padrão de arbitrariedade e defendeu a necessidade de transparência e equilíbrio nas decisões da presidência da Câmara, questionando a imparcialidade de Hugo Motta diante de episódios semelhantes no passado.
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