Ícone do site Portal GCMAIS

Brasil lança primeiro voo comercial de foguete da história após cinco adiamentos; veja vídeo 

Brasil realiza primeiro lançamento comercial de foguete após cinco adiamentos; veja vídeo 

Foto: Reprodução

O Brasil lançou às 22h13 desta segunda-feira (13) o foguete HANBIT-Nano, desenvolvido pela empresa privada sul-coreana Innospace, a partir do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão. A Operação Spaceward, transmitida ao vivo pelo YouTube, marcou o primeiro lançamento comercial do país, um mercado até então dominado por Estados Unidos, Europa e China. Participaram da operação cerca de 400 profissionais, sendo 300 militares da Força Aérea Brasileira (FAB). Após a decolagem, a transmissão ao vivo foi encerrada, e ainda não há informações sobre os resultados da operação.

>>>Siga o GCMAIS no Google Notícias<<<

Inicialmente programada para novembro, a missão foi adiada cinco vezes, incluindo quatro adiamentos apenas na semana passada, devido à necessidade de ajustar a janela de lançamento — período em que o foguete poderia subir e entrar em órbita sem obstáculos, como lixo espacial ou satélites em trânsito. O HANBIT-Nano transporta oito dispositivos experimentais, sendo sete brasileiros e um indiano, incluindo dois nanossatélites da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) para testes de comunicação de baixo consumo energético e um satélite educacional com tecnologias experimentais e mensagens de alunos de escolas públicas e comunidades quilombolas.

>>>Clique aqui para seguir o canal do GCMAIS no WhatsApp<<<

Publicidade

Marco Antônio Chamon, presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), destacou que os experimentos lançados ainda não pertencem à elite tecnológica, mas representam um avanço importante para a pesquisa nacional. “Não estamos falando de satélites capazes de transmitir programas de televisão em cadeia nacional, mas sim da possibilidade de se transmitir um sinal para o espaço que será repetido e captado por uma estação em terra, geralmente na própria universidade”, explicou. Os dispositivos têm dimensões pequenas, de até 10 cm, e peso entre um e três quilos.

A Operação Spaceward envolveu cooperação entre setor público e iniciativa privada: a FAB operou toda a base militar, enquanto engenheiros da Innospace montaram o foguete e seus sistemas de verificação. A AEB atuou como órgão regulador, licenciando e fiscalizando a operação. O lançamento ocorre 20 anos após o acidente com o foguete brasileiro VLS-1 em Alcântara, que resultou na morte de 21 técnicos e engenheiros civis. Nos últimos anos, o governo federal atualizou os programas espaciais — PESE e PNAE — para aumentar a autonomia e investimento em tecnologias aeroespaciais próprias. Chamon ressalta que, apesar da defasagem tecnológica, o Brasil busca maior independência no setor espacial.

Leia também | Foguete sul-coreano será visível em alguns estados do Nordeste durante lançamento em Alcântara (MA)

 

Sair da versão mobile