Após o presidente Lula assinar, nessa sexta-feira (30), Medida Provisória que amplia em R$ 300 milhões os recursos para o programa de incentivos à compra de carros populares, a expectativa é de que o setor consiga melhorar ainda mais o desempenho de vendas. O programa prevê descontos de R$ 2 mil a R$ 8 mil pra a compra de carros de até R$ 120 mil.
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O resultado até agora já é satisfatório. A venda de automóveis zero km chegou a ser três vezes maior em concessionárias de Fortaleza. Os preferidos são o Argo, Mobi – ambos da FIAT -, Jeep Renegade – Jeep – e Ônix, da GM. A boa movimentação do comércio de veículos na primeira etapa do programa gera expectativa no setor para a ampliação anunciada pelo governo.
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Primeira etapa
Em maio, o governo anunciou um programa para baratear a compra de carros populares. Um mês depois, foi lançado o programa em que os compradores de carros poderiam ter descontos de R$ 2 mil a R$ 8 mil. Também houve um desconto de R$ 36,6 mil a R$ 99,4 mil para ônibus e caminhões.
No caso dos carros, os descontos são concedidos com base no cumprimento de três critérios: social (preço mais baixo), ambiental (carros que poluem menos) e densidade industrial (predominância de geração de empregos na indústria brasileira e uso de peças nacionais). Ao todo, 20 marcas foram incluídas no programa.
“O desconto mínimo será de 1,6%, o desconto máximo será de 11,6%. O menor desconto será de R$ 2 mil e o maior desconto até R$ 8 mil”, detalhou o vice-presidente Geraldo Alckmin.
No fim de junho, menos de 30 dias após o início da medida ter validade, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) informou que nove montadoras já haviam solicitado R$ 420 milhões de créditos tributários. Isso significa que 84% dos R$ 500 milhões disponibilizados pelo governo por meio da Medida Provisória já haviam sido utilizados, impulsionando as vendas do setor.
Ampliação
Por causa do resultado, o governo federal decidiu ampliar o programa. Agora, mais R$ 300 milhões em recursos serão disponibilizados para o programa de incentivos à compra de veículos populares.
O anúncio foi feito pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, durante visita ao Paraná.
“No projeto completo, são R$ 500 milhões. Já foram consumidos R$ 420 milhões. O restante, os outros R$ 300 milhões – na realidade é um pouco menos porque você tem de tirar daí IPI, PIS e Cofins – abre também para pessoas jurídicas, além de pessoas físicas. Ou seja, agora é para todo mundo. Então vai [totalizar] R$ 800 milhões”, acrescentou.
Volkswagen
Mesmo com o aumento temporário das vendas de carros no Brasil por conta do programa, a Volkswagen tomou a decisão de ajustar novamente a produção devido à estagnação do mercado, mesmo com os incentivos governamentais para estimular o consumo de veículos.
As fábricas de Taubaté, no interior paulista, e São José dos Pinhais, no Paraná, interromperam completamente a produção. Desde o início do mês, essas fábricas já estavam operando em apenas um turno.
Segundo a montadora, essa medida foi adotada devido à “estagnação do mercado”. Enquanto a fábrica no Paraná produz o utilitário esportivo T-Cross, a unidade de Taubaté monta os modelos Polo Track, sucessor do Gol, e Novo Polo. Os dias de paralisação nessas duas fábricas serão compensados através do banco de horas dos funcionários.
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