Entre os 184 municípios cearenses, 157 já iniciaram a aplicação da segunda dose da vacina contra o novo coronavírus, o que representa 149.783 mil unidades de imunobiológicos utilizados em grupos prioritários, como profissionais de saúde, que atuam na linha de frente contra a pandemia, idosos residentes em abrigos e indígenas.

Os profissionais de saúde representam 19% do total de cearenses que receberam a segunda dose da vacina. O médico intensivista João Leite, atuando no Hospital Regional do Cariri (HRC), foi vacinado com o imunizante CoronaVac. “Com a vacina, a gente tem a esperança de que está mais seguro, porém, não podemos descuidar. Ainda temos um longo caminho pela frente, principalmente por conta das variantes. Então, vamos manter os cuidados certos [de] que venceremos”, garante Leite.

A manutenção dos cuidados é importante. O médico faz parte de um grupo de trabalhadores que, diariamente, lida com o risco de infecção. Ao todo, 19.607 profissionais de saúde foram diagnosticados com a doença. Em terceiro lugar na lista de casos confirmados, os médicos ocupam a primeira posição no levantamento sobre óbitos, com 12 registros desde março do ano passado, quando a pandemia começou no Ceará.

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Já entre os idosos institucionalizados, aqueles que moram em unidades de acolhimento como o Abrigo Olavo Bilac, em Fortaleza, foram 756 doses aplicadas desde o último sábado (13), quando a segunda etapa foi iniciada no Ceará. O grupo recebeu 1.823 doses. Considerando a unidade citada, 73 aplicações foram feitas.

Angerlúcia Ferreira (69) foi acolhida no Abrigo há mais de uma década e celebrou o momento. “Agora está tudo bem. Choro e rio de alegria, porque estou vacinada, e vamos poder rever os parentes, sair um pouco e passear”, disse.
Ao lado dos trabalhadores da saúde, indígenas participaram dos eventos que marcaram o início da campanha de vacinação no Ceará. Com 1.410 casos confirmados entre os moradores de comunidades tradicionais desde o início da pandemia, o grupo recebeu 20.028 doses para utilização na segunda aplicação. Destas, 1.386 já foram utilizadas.

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Durante a semana, o governador Camilo Santana participou de reunião com o titular do Ministério da Saúde, Eduardo Pazuello, para discutir a aquisição de vacinas para os estados. “O cronograma prevê cerca de 210 milhões de doses no primeiro semestre deste ano. Isso é fundamental para frear o crescimento de casos. A vacinação ainda tem ocorrido de forma lenta, pela falta de novas vacinas”, escreveu.

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