Entre 184 cidades, apenas Russas, Alto Santo, São João do Jaguaribe, Pereiro e Jaguaribe possuem classificação “moderado” de transmissão da doença
Covid-19: Ceará tem mais de 97% dos municípios com alto risco de transmissão
Com quase todos os leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ocupados com pacientes, o Ceará vive uma grande crise sanitária ocasionada pela segunda onda da pandemia. Do total de 184 municípios cearenses, apenas cinco ainda estão em alerta “moderado” para transmissão de casos de coronavírus. Os demais, que correspondem a 97,29% do território estadual, estão em alerta “alto” ou “altíssimo” de transmissão.
Quando se compara à semana epidemiológica anterior (7 a 20 de fevereiro), os números mostram uma piora na crise cearense. Na última semana, existiam 18 cidades no cenário “moderado”, que corresponde ao percentual entre 25% e 49,9% de positividade nos testes Covid-19. Hoje, apenas Russas, Jaguaribe, Alto Santo, Pereiro e São João do Jaguaribe estão nesse nível.
No mesmo período, haviam 91 cidades em alerta “alto” e outras 75 no “altíssimo”. Hoje, são 101 no nível “altíssimo” e 78 no “alto” risco de transmissão.
Transmissão em Fortaleza
Fortaleza, capital do Estado, apresenta 91,4% dos leitos de UTI-Covid ocupados na semana epidemiológica que corresponde aos dias 14 a 27 de fevereiro. A taxa de positividade, referente a novos casos confirmados, ficou em 28,9%. A taxa de incidência ficou em 289,9, apresentando tendência de crescimento em comparação ao período anterior.
Durante o domingo (28), o prefeito da Capital anunciou que os gestores da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) discutem a criação de um consórcio para a compra de vacinas contra o coronavírus. “A vacinação da nossa gente é prioridade da Prefeitura de Fortaleza e nossas equipes de saúde têm feito todo o esforço para cumprir o Plano de Imunização. Tenho acompanhado todo esse processo de perto e estamos todos empenhados em garantir o sucesso desse trabalho”, afirmou.
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Leitos de UTI
Até o final de março o Estado do Ceará deve superar a casa das mil Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) criadas para o tratamento de pacientes com a Covid-19.
“Já durante a pandemia foram quase mil leitos de UTIs, apenas os exclusivos para Covid. Chegamos próximo de 3 mil leitos de enfermaria e UTI só para atendimento de Covid no ano passado. E agora estamos retomando muitos desses leitos que tinham voltado a atender as demandas normais da Saúde. Compramos hospitais como o Leonardo da Vinci, onde já são 150 leitos de UTI funcionando exclusivos para Covid. Mantivemos todos os leitos para atender a grande demanda que existia para cirurgias eletivas e atendimento hospitalar e agora, com essa onda mais forte do que a primeira, estamos retomando com a exclusividade”, afirmou o governador Camilo Santana.
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O titular da Secretaria de Saúde do Ceará, Dr. Cabeto, afirmou que apesar dos investimentos, os cuidados devem ser mantidos. Confiante, o gestor disse que o Estado deve sair melhor após o fim da pandemia. “Esse é um ponto de inflexão. Vamos sair com pessoas melhores, mais conscientes, mais irmãs. Vamos ser uma sociedade melhor para passar para as pessoas um ambiente de trabalho melhor, mais harmônico. Vamos passar por isso da forma mais lúcida e transparente, com dignidade”, finalizou.
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