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Ceará mantém terceiro lugar nacional em taxa de mortalidade por Covid-19

(Foto: Daian Gasn/Pexels)

Uma aglomeração foi dispersada por policiais militares no bairro Álvaro Weyne, em Fortaleza, na última sexta-feira (12), quando a cidade estava em lockdown, e o Estado se preparava para entrar no mesmo modelo de isolamento rígido nas horas seguintes. Enquanto isso, os leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) destinados a pacientes que lutam para sobreviver à Covid-19 registravam 91,48% de ocupação. As duas situações preocupam, uma vez que a rede de atendimento é finita e muitos pacientes podem falecer sem, sequer receber atendimento. O Ceará, segundo a Fiocruz, é o terceiro Estado brasileiro com maior taxa de mortalidade pela doença.

De acordo com o boletim Fiocruz divulgado na última semana, os valores elevados mostram uma sobrecarga no sistema de atenção e vigilância. Somente no sábado (13), o governador do Ceará, Camilo Santana, entregou 50 novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Nos últimos dias, outras entregas também foram realizadas pelo Estado.

Ceará mantém terceiro lugar nacional em taxa de mortalidade por Covid-19

Fonte: Fiocruz

Porém, segundo Camilo Santana, a população precisa fazer sua parte para reduzir a curva de novos casos de Covid-19. “Pedir a compreensão e apoio de todos os cearenses para garantir o isolamento social e permitir que os equipamentos de saúde possam receber e atender com dignidade os cearenses. Você imagina a dor de uma mãe, de um pai, ver um ente querido precisar de um leito e não ter. Nós estamos falando disso. Nesse momento, no Brasil, é isso. Portanto, vamos nos esforçar aqui, estamos trabalhando no Ceará para permitir que haja cada vez mais leitos. Mas é importante a colaboração de cada um de vocês cearenses”, disse.

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O Ceará mantém a liderança entre os estados com maior taxa de isolamento social. Conforme a plataforma Inloco, o Estado registra 41,25% no índice, seguido do Amazonas, com taxa de isolamento estimada em 38,51%. Os números, porém, estão abaixo da média de 70%, recomendada por órgãos de saúde para reduzir o contágio pela doença.

Segundo Agliberto Ribeiro, diretor do Instituto Ampla Pesquisa, não basta um decreto de lockdown, é necessário que os cearenses sigam as medidas sanitárias para achatar a curva de casos e taxa de mortalidade até o fim de março, período previsto para o fim do segundo pico da pandemia.

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“Fatores externos podem sim alterar as projeções. Sabemos que, diferente do lockdown aplicado em março de 2020, boa parte da população insiste em descumprir este decreto”, destaca Agliberto Ribeiro, acrescentando que as medidas de 2021 são mais brandas do que as do ano anterior. “Claramente esse lockdown deixou muitas brechas, diferente do que tivemos no ano passado em que fechamos, praticamente, 85% dos setores econômicos”.

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As medidas restritivas, denominadas “não-farmacológicas”, são a principal maneira, segundo a Fiocruz, “de controle e redução da transmissão e número de casos, buscando reverter ou evitar colapsos no sistema de saúde, reduzindo drasticamente os níveis de transmissão e, consequentemente, o número de mortes evitáveis”.

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