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Secretaria de Saúde do Estado confirma 1º caso de transmissão comunitária da variante Delta no Ceará

Secretaria de Saúde confirma 1º caso de transmissão comunitária da variante Delta do coronavírus no Ceará

Casos de variante delta seguem sendo monitorados no Ceará. Foto: Handout

A Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) confirmou na noite desta quarta-feira (11) que um profissional de saúde residente do município de Icó é a primeira pessoa a ser identificada como transmissão comunitária da variante Delta do coronavírus no Ceará, ou seja, quando não é possível detectar a cadeia de transmissão.

A Sesa informou que recebeu, na última segunda-feira (9), o resultado do sequenciamento genômico da amostra de RT-PCR do paciente e iniciou o monitoramento e a investigação para compreender as circunstâncias da infecção. Segundo informado pelo investigado, ele não viajou recentemente para fora do Ceará nem teve contatos com viajantes.

O caso serve de alerta para a população para retomar ou reforçar os cuidados sanitários básicos para evitar a transmissão viral de Covid-19, como uso de máscara, álcool 70%, higiene constante das mãos, evitar aglomerações e viagens. A Sesa recomenda que a mobilidade intermunicipal, entre as cidades cearenses, seja reduzida somente para casos estritamente necessários.

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Até o momento, a Rede Genômica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Ceará, em cooperação com o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce) e o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) – equipamentos da Sesa – identificou 16 casos de variante Delta no Estado, sendo 15 de transmissão importada (por viajantes de outros estados brasileiros) e esta transmissão comunitária do profissional de saúde de Icó, município distante cerca de 360 km de Fortaleza.

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Contenção da variante Delta no Ceará

Como forma de identificar e conter a alta transmissão da variante que surgiu na Índia e que inspira maior preocupação nesta fase da pandemia de Covid-19, a Sesa reforça e incentiva os municípios a intensificar as barreiras sanitárias no Estado. Atualmente, o Centro de Testagem de Viajantes, instalado no Aeroporto Internacional de Fortaleza – Pinto Martins, testa 20% dos passageiros que desembarcam no local. Também estão funcionando centros de testagem no aeroporto de Aracati e na rodoviária de Barbalha.

Os pacientes positivados no teste rápido são imediatamente orientados a cumprir autoisolamento de 14 dias. As amostras positivas no antígeno e no RT-PCR são encaminhadas para sequenciamento genômico. Também é recomendada a autoquarentena de duas semanas para passageiros e tripulantes dos voos com pessoas positivadas no desembarque, mesmo que estejam assintomáticas ou apresentem testes negativos. O voos são divulgados diariamente nas redes sociais da Sesa.

Leia mais | Passageiros com destino ao Ceará terão que apresentar teste negativo ou comprovante de vacinação; descumprimento pode gerar multa

Decisão judicial

O Governo do Ceará, representado pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE), teve acatado, nesta quarta-feira (11), pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5), o pedido para adoção de medidas para impedir a propagação de variantes do coronavírus pelo fluxo de viajantes, exigindo comprovação de exames ou de vacinação contra a doença antes do embarque aéreo.

Conforme a decisão judicial, em tutela de urgência, União e Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) devem somente autorizar o embarque em voos provenientes de outros estados do País com destino ao Ceará e desembarque de voos particulares – quando não for possível a aferição no embarque – de passageiros que apresentem uma das duas condições: comprovante de esquema vacinal completo ou resultado negativo de exame de antígeno ou RT-PCR realizado em até 72h antes do do voo.

Vacinação em massa

Outra medida que é apontada como eficaz para conter a mutação de cepas e o avanço de novas variantes do coronavírus é a vacinação em massa. O Ceará atingiu nesta quarta (11) a marca de seis milhões de doses aplicadas. A aplicação das doses tem sido uma prioridade do Estado.

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Em 25 de agosto, o Instituto Butantan deve entregar três milhões de doses extras da CoronaVac, compradas pelo Governo do Ceará para garantir a meta da Sesa de aplicar a dose inicial em toda a população adulta até o fim deste mês.

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