Teve casamento no hospital, sim. O amor e a felicidade tomaram conta do Hospital Regional do Sertão Central (HRSC), em Quixeramobim. Internado há três meses na Unidade de Cuidados Especiais (UCE), em cuidados paliativos, o paciente Francisco Antônio Alves de Abreu, de 48 anos, e Cristiane Silva Mendes, de 36, casaram-se na tarde dessa terça-feira (19) sob os olhares atentos e emocionados de familiares e colaboradores da unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa).

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Depois de 17 anos vivendo juntos, a união foi oficializada em uma cerimônia, organizada pela equipe do HRSC, no próprio hospital, pelo pároco do município, Padre Anderson Clay.

“É um sonho meu e dele. Não é na igreja, não, mas é aqui. O padre vem. O importante é que tem o filho de Deus e a benção do padre, e todo mundo está presente. Minha família não está totalmente, mas tem cinco pessoas, meus filhos e isso já é uma alegria imensa”, afirmou a noiva.

A ideia de casar vem sendo arquitetada desde que veio o segundo filho do casal, de acordo com o próprio Antônio. “A gente planejou casar e nada tinha dado certo. E, agora, graças a Deus, está dando tudo certo. Estou muito feliz por ela e por nossos filhos”.

A realização do casamento no hospital surgiu após a equipe multidisciplinar do HRSC presenciar o pedido carinhoso entre paciente e acompanhante. Rapidamente, a proposta da união mobilizou todo o hospital para que o sonho do casal se tornasse realidade.

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A nutricionista Lívia Taveira, que presenciou o momento, virou testemunha e madrinha. “Estou muito emocionada. É como se fosse o dia do meu casamento ou de alguém da minha família. Os pacientes acabam se tornando isso, parte da nossa família, porque criamos vínculos muito fortes”, destacou.

Experiência do paciente

Para a enfermeira diarista Elaine Lima, o HRSC tenta trabalhar ao máximo, de forma positiva, a experiência do paciente. “A nossa unidade UCE tem a honra de presenciar um grande momento. Para a gente, é um prazer enorme saber que estamos proporcionando não somente os cuidados de Enfermagem, os cuidados médicos, os cuidados hospitalares, mas os cuidados da alma, do coração, que isso é o que importa: é aproximar a família. Nossos pacientes saem daqui com o coração cheio de gratidão e de alegria“.

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