O litoral de Caucaia é conhecido pelas belezas naturais e por ter as melhores condições de vento para prática de kitesurf. Agora, além do turismo, o litoral, em especial, a praia do Cumbuco, segue como destaque na temporada de desova de tartarugas no Ceará. O Instituto de Meio Ambiente de Caucaia (IMAC) registrou o nascimento de 73 tartaruguinhas da espécie Eretmochelys imbricata, também conhecida como Tartaruga de pente, espécie ameaçada em extinção, na praia do Cumbuco. Esses registros mostram que o litoral está em equilíbrio e propício para o desenvolvimento natural do ambiente marinho o que indica excelente qualidade água do mar e limpeza da faixa de área.
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No último domingo (15), o IMAC precisou fazer a translocação desse ninho para um local mais seguro, pois houve um deslizamento de duna que descobriu parte da areia que cobria os ovos. De acordo com o engenheiro de pesca e gerente de orla do Instituto do Meio Ambiente de Caucaia (IMAC), Thiago Menezes, o percentual de eclosão desse ninho foi de 97,33% dos ovos transpostos, apenas um natimorto e um ovo gorado. Um resultado muito positivo, pois a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN / IUCN) classificou a tartaruga-de-pente como criticamente ameaçada de extinção.
O gerente de orla ressalta: “vale destacar que o apoio da população é fundamental para o monitoramento dos ninhos e para a preservação das praias. Contamos com o apoio de vocês. Praia limpa é praia preservada”.
De acordo com o IMAC, o nascimento das tartarugas significa que o ambiente marinho está equilibrado. De janeiro deste ano até o momento, no litoral caucaiense, que tem 30,8 km de extensão, foram registrados 794 nascimentos e pelo menos 26 ninhos de tartarugas monitorados.
Para preservar a fauna costeira e, principalmente, as tartarugas, que usam a faixa de areia para depositar seus ovos, o IMAC orienta que não haja tráfego de veículos na praia. O órgão também destaca que a população pode ajudar a monitorar a vida marinha e costeira do município. Para isso, é preciso entrar em contato com a Ouvidoria do IMAC e informar onde foram avistados ninhos e encalhes de animais vivos ou mortos. No caso de registros de desovas de tartarugas, após identificação, os ninhos são sinalizados e monitorados para proteção dos ovinhos, que levam até 60 dias para serem rompidos pelos filhotes.