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Cofundador da Natura afirma que Lula pode ser líder mundial na questão ambiental

Foto: Divulgação

Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo deste domingo (09), o empresário Guilherme Leal, cofundador e copresidente do Conselho de Administração da Natura, afirmou que vai votar em Lula (PT) neste segundo turno.

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Leal disse, ainda, que um eventual segundo mandato de Jair Bolsonaro (PL) seria “perigoso para a democracia”.
Em trecho publicado no Estadão deste domingo, Leal disse:

“Os elementos (de controle desse risco) que se tinham no Congresso ficaram tremendamente fragilizados com os resultados da eleição de 2 de outubro. Este quadro então me deixa muito preocupado com relação à democracia. Temos visto vários exemplos internacionais onde a democracia é erodida por dentro. Eu acho que um segundo mandato (de Bolsonaro) é perigoso”.

O empresário também disse que o atual governo anda no sentido oposto das questões relacionadas ao meio ambiente.

“Eu acho que tem uma oportunidade fantástica para o Brasil, mas o País deixou de ser protagonista nos acordos climáticos para se tornar um pária (na questão ambiental). Isso pode nos tirar do bonde da história. Temos uma oportunidade única porque temos o melhor e mais importante capital natural do planeta. Podemos ser uma potência econômica, ambiental e agrária. Mas nós estamos em uma política totalmente contrária, de dilapidação do capital natural, uma apropriação por poucos que não gera prosperidade: garimpo, grilagem e desmatamento. É uma apropriação por poucos que gera pobreza e miséria para muitos”.

Para o líder da empresa de cosméticos, a atuação do crime organizado aumentou nos últimos anos na região amazônica.

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“Na questão ambiental, (o governo) foi na contramão. Por mais que o negacionismo imperasse, os satélites mostram como disparou o desmatamento. E o desmanche institucional do Ibama e de todos esses organismos que deveriam zelar pela preservação e pela aplicação das leis. Noventa por cento do desmatamento que nós temos (no Brasil) é ilegal, isso está provado. A verdade é que esse governo desmanchou a estrutura que poderia fazer com que a lei fosse cumprida. A criminalidade hoje é um problema seríssimo na Amazônia. As condições de segurança, todos os estudos mostram que crime organizado chegou lá, o garimpo ilegal e tantas outras coisas. Hoje realmente a situação está bem pior do que era cinco ou seis anos atrás”.

O empresário destacou também o papel de Lula em questões ambientais e acredita que a volta do ex-presidente ao governo é uma oportunidade. “Lula tem chance de ser um líder mundial na questão ambiental”, afirmou.

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