A Operação Strike teve início após um aumento significativo nos ataques a empresas de internet em Fortaleza e na Região Metropolitana
Cinco donos de empresas de internet são presos por envolvimento com grupo criminoso no CE
Na manhã desta quarta-feira (12), a Polícia Civil do Ceará (PCCE) deflagrou a Operação Strike, que resultou na prisão de cinco proprietários de empresas provedoras de internet em flagrante. A operação, que visa combater atividades criminosas ligadas ao Comando Vermelho (CV), também cumpriu 12 mandados de prisão contra membros da facção e 37 mandados de busca e apreensão, incluindo 14 contra empresas de telecomunicação.

De acordo com a PCCE, os donos das empresas estavam envolvidos em atividades ilícitas, como a realização clandestina de serviços de telecomunicações e receptação de materiais roubados. Os empresários foram levados à Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), onde prestaram depoimento, e o material apreendido durante a operação foi analisado pelas autoridades.
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A investigação revelou que as empresas de internet estavam atuando em áreas onde o Comando Vermelho havia proibido a presença de outras operadoras. Além disso, essas empresas teriam se envolvido em atividades ilegais, como o fornecimento de serviços em regiões sob o controle da facção criminosa, que, segundo a polícia, também é responsável por ataques a veículos e prédios de empresas concorrentes.
A Operação Strike teve início após um aumento significativo nos ataques a empresas de internet em Fortaleza e na Região Metropolitana, com o objetivo de extorquir os empresários e garantir o controle do mercado local. Segundo as autoridades, dois dos líderes do Comando Vermelho foram identificados como os principais responsáveis por essa prática criminosa. Os dois homens são acusados de orquestrar um esquema de extorsão, que envolvia ameaças a empresas de telecomunicação, com o intuito de forçar o pagamento de propinas para garantir sua sobrevivência no mercado.
A operação foi realizada em vários municípios, como Fortaleza, Caucaia, Horizonte e São Gonçalo do Amarante, com apoio das coordenadorias de Inteligência (Coin) e da Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer). Durante o cumprimento dos mandados, a PCCE apreendeu materiais que comprovam o envolvimento das empresas alvos da operação com práticas criminosas, como a instalação de sistemas clandestinos de transmissão de sinal.
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A operação foi possível graças à criação, no último sábado (8), de um grupo especial de investigação, que reúne diversas divisões da Polícia Civil do Ceará, como a Draco, a Divisão de Homicídios, a Lavagem de Dinheiro e a Inteligência. O objetivo do grupo, conforme destacado pelo secretário da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), Roberto Sá, é agilizar as investigações, identificar os responsáveis pelos crimes e garantir a prisão dos envolvidos.
Durante uma coletiva de imprensa, Sá informou que o grupo tem intensificado as investigações contra organizações criminosas no estado, com foco na desarticulação de quadrilhas responsáveis por extorsão e ameaças a empresários, especialmente no setor de telecomunicações. “Já vínhamos investigando organizações criminosas e intensificamos, através desse grupo especial, o trabalho para identificar, indiciar e prender os criminosos”, afirmou o secretário.
Com a prisão dos empresários e dos membros da facção criminosa, a Polícia Civil do Ceará segue com as investigações para descobrir se outras empresas de internet podem estar envolvidas com o Comando Vermelho. O foco agora é apurar se a relação entre as empresas e a facção vai além da prestação de serviços em áreas controladas pela organização criminosa.
A PCCE afirmou que continuará monitorando as atividades das empresas de telecomunicações e de facções criminosas para garantir que mais casos como esse não se repitam. A investigação também deve avançar para identificar outros possíveis líderes da facção que ainda permanecem foragidos.
Essa operação é mais um passo na luta contra a crescente violência e as ameaças à segurança pública no Ceará, especialmente no setor de telecomunicações, que, nos últimos meses, tem sido alvo de intensas investigações devido ao envolvimento com organizações criminosas.
Leia também | Seis kg de cocaína são apreendidos no Aeroporto de Fortaleza nesta quarta-feira (12)
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