Dados do último relatório do Banco Mundial apontam que o Brasil tem um número muito alto de pessoas na extrema pobreza. Apesar de ter havido uma redução importante, muitos brasileiros vivem em condições precárias, sem possibilidade de se manter. De acordo com o relatório Pobreza e Prosperidade Compartilhada 2022, do Banco Mundial, enquanto a extrema pobreza avançou no mundo em 2020, no Brasil a taxa recuou.. porém ainda segue em alto patamar.

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Naquele ano, 2020, a pandemia levou cerca de 70 milhões de pessoas para essa situação de extrema pobreza no mundo. Já no Brasil, o documento diz que em 2020 havia 1,9% da população na extrema pobreza, o que representa 4,1 milhões de pessoas. Enquanto um ano antes, em 2019, eram 5,4%, o que totaliza 11,4 milhões de pessoas. Os cálculos foram feitos pelo Banco Mundial com base em informações do IBGE.

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No entanto, no mesmo relatório, o Banco Mundial alerta para um crescimento da pobreza em 2021. Isso teria sido causado pela redução no valor dos auxílios, além da dificuldade de recuperação plena do mercado. A estimativa do Banco Mundial é de que em 2021, havia 5,8% de brasileiros na extrema pobreza, número que supera os 5,4% de 2019. A previsão para 2022 já é um pouco menor, de 5,1%.

O papa Francisco, por ocasião de celebração do Dia Mundial dos Pobres, no Vaticano, falou sobre o quadro de pobreza em todo o mundo.

“Vivemos numa história marcada por tribulações, violências, sofrimentos e injustiças. O Dia Mundial dos Pobres que estamos celebrando, pede-nos que não viremos o rosto para o outro lado, não tenhamos medo de olhar de perto o sofrimento dos mais frágeis. Para eles o sol frequentemente é obscurecido pela solidão, a lua de suas expectativas apaga-se e os sonhos caem na resignação e acaba abalada a própria existência. Tudo isso por causa da pobreza a que muitas vezes se veem constrangidos, vítimas da injustiça e da desigualdade duma sociedade do descarte, que corre apressada sem os ver e, sem escrúpulos, os abandona ao seu destino”.

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