O Dia Mundial dos Pobres é uma celebração da Igreja Católica, lembrada desde 2017. Foi estabelecido pelo Papa Francisco em sua Carta Apostólica Misericordia et Misera, emitida em 20 de novembro de 2016 para comemorar o fim do Jubileu Extraordinário da Misericórdia. Em 2022, a celebração ocorre neste domingo, dia 13 de novembro.
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Na mensagem para o Dia Mundial dos Pobres, o Papa Francisco falou sobre os desafios da humanidade em combate à pobreza.
“É decisivo dar vida a processos de desenvolvimento onde se valorizem as capacidades de todos, para que a complementaridade das competências e a diversidade das funções conduzam a um recurso comum de participação”
Em sua mensagem, o Papa também lembrou textos bíblicos sobre o tema. “Sempre tereis pobres entre vós” do Evangelho de Marcos. Ele contextualizou a situação, recordando que foram pronunciadas por Jesus, alguns dias antes da Páscoa, por ocasião da refeição em Betânia na casa de Simão chamado ‘o leproso’.
Francisco falou sobre as duas interpretações da ação da mulher que derramou o perfume sobre Jesus. A de Judas preocupado pelo dinheiro que o perfume poderia render e a do próprio Jesus que permite individualizr o sentido profundo do gesto realizado pela mulher. Jesus defende a mulher pela sua sensibilidade e “vê, naquele gesto, a antecipação da unção do seu corpo sem vida antes de ser colocado no sepulcro. Esta visão ultrapassa todas as expetativas dos convivas. Jesus recorda-lhes que Ele é o primeiro pobre, o mais pobre entre os pobres, porque os representa a todos”.
“Esta forte ‘empatia’ entre Jesus e a mulher e o modo como Ele interpreta a sua unção, em contraste com a visão escandalizada de Judas e doutros, inauguram um fecundo caminho de reflexão sobre o laço indivisível que existe entre Jesus, os pobres e o anúncio do Evangelho”.
Os pobres, afirma o Papa, “têm muito para nos ensinar. Além de participar do sensus fidei, nas suas próprias dores conhecem Cristo sofredor. É necessário que todos nos deixemos evangelizar por eles. A nova evangelização é um convite a reconhecer a força salvífica das suas vidas, e a colocá-los no centro do caminho da Igreja”.