Economia

Brasil é um dos poucos lugares onde a curva precifica aumento de juros, diz Campos Neto

Presidente do Banco Central alerta para falta de sincronia entre países e impacto potencial de desaceleração na China e tensões comerciais

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16 de agosto de 2024
Estadão

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, repetiu nesta sexta-feira que está cada vez mais clara a falta de sincronia entre os países, vista no início da pandemia, principalmente entre mercados emergentes e avançados. “O Brasil é um dos poucos lugares onde a curva precifica aumento de juros”, voltou a comparar, mencionando também mais uma vez a Rússia, como um país no mesmo caminho.

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Sobre os Estados Unidos, Campos Neto relatou que a avaliação no BC leva em conta um cenário básico de desaceleração sem linearidade. Ele citou que a percepção dos mercados é de uma probabilidade maior de que a economia do país comece parar mais rápido. “Nós não estamos muito convencidos disso ainda, nós precisamos ver.”

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O presidente do BC também citou o grande impacto do VIX recentemente. “Eu acho que isso foi muito surpreendente, devido ao tamanho do movimento. E, novamente, isso é um pouco relacionado ao fato de que você teve muita concentração no custo de fundos e teve uma volatilidade”, considerou.

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Ao observar os dados de margem, de acordo com Campos Neto, é possível começar a ver um pequeno aumento de fundos, especialmente em consumo pessoal, mas eu não acho que esteja mostrando nada que possa ser relacionado à recessão agora”, descartou, acrescentando que, o mercado de trabalho está forte e com sinais pequenos de acomodação no margem.

O presidente do BC mencionou também a China, dizendo que há incertezas sobre a desaceleração da atividade no país e sobre taxação de produtos. “Há essa pergunta sobre o que acontece se a China desacelerar mais. Além disso, você tem essa situação de tarifas. O que acontece se a Europa e os EUA começarem a colocar grandes tarifas em produtos da China? Então isso é algo que estamos acompanhando”, explicou.

Se houver esse movimento, conforme Campos Neto, haverá um impacto sobre os países da América Latina, especialmente no Brasil. “Eu acho que provavelmente isso vai ser um problema sobre o qual vamos falar na próxima reunião com os outros bancos centrais”, adiantou, durante o Barclays Day, promovido pelo Banco Barclays, em São Paulo.

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Fonte: Estadão

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