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Internet foi acessada em 72,5 milhões de domicílios do país em 2023

De 2016 a 2023, proporção de domicílios das áreas rurais que utilizaram internetcresceu de 35,0% para 81,0%. Em áreas urbanas, percentual foi de 76,6% a 96,1%no período. - Foto: Freepick

A Internet era utilizada em 92,5% dos domicílios (72,5 milhões) do país em 2023, com alta de 1,0 p.p. frente a 2022. O crescimento dessa proporção vem desacelerando, na medida em que se aproxima da universalização. Nas áreas urbanas, o percentual passou de 93,5% para 94,1% e nas áreas rurais, de 78,1% para 81,0%. A expansão tem sido mais rápida nas áreas rurais, com redução da diferença em relação às áreas urbanas, saindo de 40 p.p. de diferença em 2016 para 13,1 p.p. em 2023.

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Os dados são do Módulo de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) da PNAD Contínua, divulgado hoje, 16, pelo IBGE. Leia também a notícia sobre a utilização de internet pelas pessoas de 10 anos ou mais.

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Até 2019, ambos os tipos de conexão por banda larga (fixa e móvel) mostraram gradual sentido de crescimento nos domicílios, ao passo que, em 2021, a banda larga móvel se reduziu, voltando a subir em 2022 e 2023. A banda larga fixa continuou aumentando de 2016 a 2023, chegando a uma taxa de adoção superior à da banda larga móvel a partir de 2021.

Nos domicílios do país em que havia utilização da Internet, o percentual dos que usavam banda larga móvel passou de 81,2% para 83,3% entre 2022 e 2023. Ao passo que o percentual dos domicílios que utilizavam a banda larga fixa aumentou de 86,4% para 86,9% nesse mesmo período.

O menor percentual de domicílios com banda larga móvel estava no Nordeste (68,2%), enquanto as demais Regiões apresentaram taxas superiores a 80%, sendo na Região Sudeste ainda maior que 90%.

5,9 milhões de domicílios do país não tinham Internet

Em 2023, 5,9 milhões de domicílios do país não utilizavam a Internet. Os três principais motivos foram: nenhum morador sabia usar a Internet (33,2%), serviço de acesso à Internet caro (30,0%) e falta de necessidade em acessar a Internet (23,4%).

Outros motivos apontados foram: serviço de acesso à Internet não estava disponível (4,7%), equipamento para acessar a Internet era caro (3,7%), falta de tempo (1,4%), preocupação com segurança (0,6%).

Dispositivos inteligentes são utilizados em 16,0% dos domicílios com internet

Em 2023, entre os 72,5 milhões de domicílios com Internet, 16,0% (ou 11,6 milhões) tinham algum tipo de dispositivo inteligente que poderia ser acessado pela Internet – câmeras, caixas de som, lâmpadas, ar-condicionado, geladeiras etc. -, um aumento de 1,7 milhão de domicílios (ou 1,7 p.p) em comparação a 2022.

Proporção de domicílios com sinal de TV aberta cai de 91,6% para 88,0%

Em 2023, dos 78,3 milhões de domicílios particulares permanentes do país, havia televisão em 73,9 milhões, 94,3% do total de domicílios, proporção que ficou em 95,1% na área urbana e 88,5% na rural. As Regiões Sudeste e Sul apresentaram as maiores proporções de domicílios com televisão (96,5% e 96,0%, respectivamente), a Região Norte, a menor (88,8%).

Foram estimados 65,0 milhões de domicílios com recepção de sinal analógico ou digital de televisão aberta por meio de antena convencional, o equivalente a 88,0% dos domicílios com televisão do país. O dado representa uma queda de meio milhão de domicílios com recepção em relação a 2022, que teve 65,5 milhões de domicílios e 91,6%, respectivamente.

Na área urbana (88,9%), o percentual foi maior do que na área rural (80,9%). A Região Sudeste apresentou o maior percentual, com 88,9% dos domicílios, e a Região Centro-Oeste registrou o menor percentual, 86,8%.

“Apesar da redução na recepção do sinal de TV aberta, não percebemos um aumento no uso dos serviços complementares ou concorrentes, como streaming e TV por assinatura, cujas taxas também se reduziram”, destaca Leonardo Quesada, analista da pesquisa.

772 mil domicílios utilizavam exclusivamente parabólicas analógicas para acessar canais de TV, cerca de 1,0% do total

No Brasil, havia um número maior de domicílios com recepção de sinal por parabólica grande (9,1 milhões) em comparação aos que possuíam mini parabólica com sinal aberto (7,5 milhões), o que representava 12,3% e 10,2% dos domicílios com televisão, respectivamente. Mas a diferença entre os dois tipos de antena caiu de 5,5 milhões em 2022 para e 1,6 milhão em 2023.

Aproximadamente 772 mil domicílios (911 mil em 2022), ou 1,0% dos domicílios com televisão, possuíam acesso a sinal de televisão somente por meio de parabólica grande.

“Esse é o grupo de interesse que precisa migrar a estrutura de recepção de TV para a mini parabólica, uma vez que o seu acesso ao sinal de TV aberta ficará comprometido pelo desligamento da transmissão por meio de antenas parabólicas grandes. Apesar da queda de 139 mil domicílios ou 15,3%, a maior parte veio dos domicílios urbanos, (117 mil ou 20,9%) em comparação aos domicílios rurais (22 mil ou 6,3%), segmento que mais depende de parabólica grande. E vale lembrar que a troca é custosa, sendo gratuita apenas para os integrantes do Cadastro Único”, explica Quesada.

Uso de TV por assinatura diminui tanto nas áreas urbanas quanto nas rurais

Em 2023, 18,6 milhões ou 25,2% dos domicílios com televisão no país tinham acesso a serviço de televisão por assinatura, proporção que foi de 26,2% em área urbana e de 17,4% em área rural. Entre 2022 e 2023, o percentual de domicílios com televisão por assinatura apresentou redução de 2,5 p.p. no Brasil, bem como queda de 2,6 p.p. nas áreas urbanas e de 2,4 p.p. nas rurais. “Desde 2016, os percentuais dos domicílios rurais foram crescentes, atingindo o maior patamar em 2022 (19,8%), mas em 2023 apresentou a primeira queda para 17,4%”, ressalta o analista da pesquisa.

3,8 milhões de domicílios não têm nenhum tipo de serviço de TV

A pesquisa também mostra o número de domicílios com televisão que não tinham recepção de sinal analógico ou digital de TV aberta, recepção de sinal por antena parabólica grande ou mini-parabólica com sinal aberto e nem acesso a serviço de TV por assinatura passou de 2,7 milhões (3,9%) de domicílios em 2022 para 3,8 milhões em 2023 (5,2%).

Dos domicílios com serviço de streaming pago de vídeo, 6,1% não tinham acesso a TV aberta ou por assinatura

Entre os domicílios com televisão, 31,1 milhões possuíam acesso a serviço pago de streaming de vídeo, número semelhante a 2022. Entretanto, m termos percentuais, houve queda de 43,4% para 42,1%.

Dentre os domicílios que tinham acesso a serviço pago de streaming de vídeo, 93,9% também possuíam acesso a canais de televisão: 89,7% por meio de sinal de televisão aberta e 39,5% por meio de serviço de TV por assinatura. Somente 6,1% dos que tinham acesso a streaming pago de vídeo não possuíam acesso a televisão aberta ou a serviço de TV por assinatura, percentual esse de 4,7% em 2022.

Cai a proporção de domicílios com microcomputador e tablet

De 2022 a 2023, a proporção de domicílios com microcomputador recuou de 40,2% para 39,0%. Em 2016, esse percentual era de 45,9%. A proporção de domicílios com tablet, voltou a recuar, de 10,7% para 10,4%. Desde 2021, esse indicador apresentou percentuais próximos, com pequenas variações para cima e para baixo, podendo indicar alguma estabilidade no patamar de 10%. Em área urbana, esse indicador passou de 11,8% para 11,4% e, em área rural, de 3,1% para 2,8%

Número de domicílios com telefone fixo continua diminuindo

Em 2023, não havia telefone em 2,8% dos domicílios particulares permanentes (2,2 milhões) do país, mesmo percentual de 2022. A ausência de telefone manteve-se mais elevada nos domicílios nas Regiões Nordeste (5,2%) e Norte (3,8%), enquanto nas demais não ultrapassou 2,0%.

A proporção de domicílios com telefone fixo no país foi de 9,5%, percentual em declínio desde 2016 (32,6%). A parcela dos domicílios que tinham telefone móvel celular, por outro lado, apresentou aumento desde 2016 (93,1%), embora em 2022 (96,6%) e 2023 (96,7%) tenha ficado praticamente estável. Os domicílios da área rural tinham percentual menor, se comparados àqueles da área urbana, tanto de telefone móvel celular (91,2% frente a 97,5%) quanto de telefone fixo convencional (2,8% contra 10,5%).

Serviço de rede móvel celular funciona para Internet ou telefonia em 91,9% dos domicílios

Desde 2016, ano após ano, observou-se um aumento no número de domicílios onde foi informado que o serviço de rede móvel celular ali funcionava, para Internet ou para telefonia. Entretanto, pela primeira vez na série, o percentual de domicílios nessa condição apresentou uma pequena variação negativa de 0,1 p.p., podendo indicar uma estabilidade nesse indicador. O percentual domicílios do país com serviço de rede móvel celular funcionando para Internet ou telefonia foi de 91,9%, no total; 95,3%, em área urbana; e 67,4%, em área rural.

A área rural apresentou redução tanto no quantitativo de domicílios (menos 202 mil domicílios) quanto na taxa (queda de 2,0 p.p.). Em áreas urbanas, em sentido oposto, obteve-se acréscimo de 2,9 milhões de domicílios e variação positiva de 0,1 p.p. na taxa. Esse movimento acabou ampliando a diferença entre as taxas nos domicílios urbanos em comparação aos rurais: em 2016 essa diferença foi de 26,0 p.p. e, em 2023, passou a ser de 27,9 p.p., tornando-se, assim, a maior da série.

Mais sobre a pesquisa

O módulo de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua analisa, desde 2016, o acesso à Internet e à televisão e a posse de telefone móvel celular para uso pessoal, com detalhamento geográfico para Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação. Acesse o material de apoio e a publicação completa para mais informações.

Fonte: Agência de Notícias – IBGE

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