EDUCAÇÃO

Enem: estudantes relatam inseguranças para a prova de 2021

A crise no Ministério da Educação e a pandemia de Covid-19 foram alguns dos motivos que deixaram os estudantes receosos

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21 de novembro de 2021
Márcia Catunda

Neste domingo (21), mais de 3 milhões de estudantes de todo o Brasil realizam o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2021. Porém, o teste, que é a forma de acesso mais comum às universidades públicas do País, acontece em meio a um conjunto de insegurança dos estudantes. Questões como a crise no Ministério da Educação e a pandemia de Covid-19 fizeram com que os candidatos fossem para os locais de prova ainda receosos.

Enem: estudantes relatam inseguranças para a prova de 2021
Foto: Evelyn Ferreira / GCC

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Poucos minutos antes de entrar na Universidade Estadual do Ceará (UECE), em Fortaleza, Isadora Clímaco, de 16 anos, relatou que ainda estava insegura. “Eu acho que vai ser uma prova um pouco confusa por conta das alterações recentes que tiveram”, disse em entrevista à reportagem do Grupo Cidade de Comunicação (GCC).

A jovem se refere à crise recente envolvendo o Ministério da Educação e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Poucos dias antes da realização do Enem 2021, diversos funcionários pediram exoneração do órgão que realiza o Exame e denunciaram o desmonte da entidade. Acusações de tentativa de interferência na prova também surgiram na última semana.

Mesmo insegura, a estudante, que deseja cursar Medicina, conta com a sua preparação para realizar o teste. “Eu estou animada porque eu estudei bastante e eu acho que vai dar tudo certo. Tem que ter positividade!”, diz a jovem.

Preparação para o Enem em meio à pandemia

Soma-se a isso o fato de que alguns estudantes precisaram enfrentar um grande desafio durante a preparação para a prova: a pandemia de Covid-19. Mayra de Jesus, que também deseja uma vaga para um curso de Medicina, diz que o modelo de aulas remotas dificultou os estudos preparatórios.

“Ficou bem complicado com as aulas online, a gente tendo pouca disponibilidade de internet. Uma hora pega, uma hora não pega, foi bem complicado”, diz a jovem, que estuda em uma escola pública de Fortaleza. “Eu recebi o suporte da escola e em casa eu também tinha internet, mas muitos colegas não tinham esse suporte, infelizmente”.

Ainda assim, Mayra de Jesus preserva a confiança diante dos seus esforços para conseguir uma boa pontuação na prova. “Foi bem difícil no começo, mas deu certo. Com bastante esforço e dedicação, com a minha mãe me ajudando, eu acho que eu vou me dar bem”, conclui.

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