Dezenas de entregadores de aplicativo se mobilizaram em um protesto nesta sexta-feira (29), no bairro Dionísio Torres, em Fortaleza. O grupo pedia melhores condições de segurança e revisão das taxas de entrega concedidas pelas empresas.
“A gente só quer uma melhoria para a nossa categoria. A gente é ser humano, precisa levar o pão para casa”, diz Francisco de Morais, entregador.
Segundo o relato de outro trabalhador, nos últimos dias, cerca de 20 prestadores de serviço foram bloqueados pelas plataformas. “Nenhum aplicativo tá prestando. Nenhum paga o que presta. É taxa de R$ 3,50 [para entrega]. Não serve pra nada. Isso não existe!”, desabafa.
Dezenas de entregadores de aplicativo se mobilizaram em um protesto nesta sexta-feira (29), no bairro Dionísio Torres, em Fortaleza. O grupo pede melhores condições de segurança e revisão das taxas de entrega. #GCMAIS https://t.co/aLhV7pcnb4 pic.twitter.com/hADhGTj2TU
— GCMAIS (@gcmaisonline) January 29, 2021
A manifestação acontece horas após um entregador ser assassinado em Maracanaú, Região Metropolitana de Fortaleza. Não é o primeiro caso, segundo a categoria. “Todos somos cientes dos riscos que corremos, assaltos, acidentes, covid, entre outros demais riscos. Sem contar nos gastos de gasolina e manutenção dos nossos veículos”, diz um comunicado divulgado pela organização do ato.
São pautas trazidas pela categoria:
Taxas mínimas de R$ 5 para entregadores que utilizam bicicletas e R$ 6 para motociclistas;
Taxa mínima de compra de R$ 10 para farmácias e R$ 12 para mercados;
Pagamento de taxa de R$ 2 para cada meia hora de espera;
Pagamento de taxa de R$ 5 para cancelamento de pedidos;
Pagamento do deslocamento para estabelecimento e R$ 1,50 para km rodado.
Não entrar em condomínios para evitar o risco de contaminação pela Covid-19.