Após quatro dias de buscas, o Corpo de Bombeiros encontrou o corpo da nona vítima do desabamento do Edifício Andrea, em Fortaleza, ocorrido na manhã dia 15 de outubro de 2019. Um ano e seis meses depois, os dois engenheiros e o pedreiro indiciados pela queda do prédio saberão se vão responder por homicídio doloso, quando há intenção de matar, ou homicídio culposo, quando não há. A decisão deve ser expedida pelo Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) neste mês.
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Morreram no desabamento Maria das Graças Rodrigues, de 53 anos; Vicente de Paula Menezes, de 86 anos; Eriverton Laurentino Araújo, de 44 anos; Rosane Marques de Menezes, de 56 anos; Frederick Santana dos Santos, de 30 anos; Izaura Marques Menezes, de 81 anos; Antônio Gildásio Holanda Silveira, de 60 anos; Nayara Pinho Silveira, 31 anos, e Maria da Penha Bezerril Cavalcante, de 81 anos.
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Relembre o caso
Localizado na Rua Tibúrcio Cavalcante, nº 24, no Bairro Dionísio Torres, em Fortaleza, o Edifício Andrea desabou na manhã do dia 15 de outubro de 2019. Com várias equipes na área do desabamento, inclusive ambulâncias, o Corpo de Bombeiros atuou durante quatro dias para resgatar as vítimas.
Dona de um estabelecimento comercial que funciona a cerca de 100 metros do local onde o prédio desabou, Andrea Barbosa de Sousa disse que o edifício era residencial e estava ocupado na hora.
“Só escutei um barulho muito grande. Foi tipo uma explosão. Eu saí correndo quando vi a nuvem de poeira chegando até aqui, na loja. Saí na calçada e não vi quase nada, só algumas pessoas correndo em meio à nuvem de poeira”, afirmou a comerciante ao retornar para fechar a loja que havia abandonado e deixado aberta.
Recepcionista de uma pet shop que funciona na mesma calçada do Edifício Andréa, Sávio Matheus Ferreira de Castro Pinto afirmou que a queda do prédio foi precedida por um barulho que aumentou gradativa e rapidamente, até culminar com um som semelhante ao de uma explosão.
“Achamos que se tratava de uma batida de carro. Só que o barulho foi aumentando e aí veio a nuvem de poeira. Fechamos as portas e ficamos dentro da loja porque demoramos a entender o que tinha acontecido. Não dava para ver nada, só alguns destroços espalhados pela rua. Quando saímos na calçada já tinha muita gente chorando. Um desespero”, relatou o recepcionista. De acordo com ele, “muita gente” morava no condomínio. “O próprio dono da pet shop conhecia um morador”, acrescentou o recepcionista, relatando que o edifício “parecia muito velho, a ponto de parecer estar abandonado”.
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