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Padre que foi hostilizado por bolsonaristas em Fortaleza recebe proteção da polícia; inquérito investiga ameaças

O padre está sendo vítima de ameaças por críticas feitas pelo sacerdote à condução da pandemia do governo Bolsonaro

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19 de julho de 2021
Márcia Catunda

Na noite do último domingo (18), o governador Camilo Santana (PT) informou que o padre Lino Allegri, que foi hostilizado por bolsonaristas durante uma missa em Fortaleza, está recebendo proteção da Polícia Militar do Ceará para garantir a sua integridade física. Além disso, as ameaças sofridas pelo sacerdote estão sendo alvo de um inquérito aberto pelas forças de segurança do Estado.

Padre que foi hostilizado por bolsonaristas em Fortaleza recebe proteção da polícia; inquérito investiga ameaças
Foto: Miguel Anderson Costa / GCC

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“Inaceitável a atitude desses que se dizem cristãos ‘invadirem’ uma igreja para insultar e intimidar um líder religioso”, classificou Camilo Santana por volta das 20h.

Em seguida, o governador acrescentou que tomou medidas para garantir a segurança do sacerdote. “Informo que desde a semana passada determinei ao nosso secretário da Segurança para não só enviar policiais para garantir a integridade do Padre Lino como instaurar inquérito para apurar qualquer tipo de ameaça contra ele. Não iremos aceitar que atitudes como essa, de ódio e intolerância, fiquem impunes”, escreveu o petista.

Posteriormente, o prefeito da Capital, José Sarto, também usou as redes sociais para se posicionar sobre este caso. “É inaceitável a hostilização sofrida por padre Lino Allegri, a quem dedico minha solidariedade. Mais um grave episódio de intolerância e uma afronta aos ensinamentos cristãos”, escreveu.

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Sarto acrescentou, ainda, o seu apoio às medidas tomadas pelo governador do Estado. “Ressalto aqui meu apoio ao governador Camilo Santana, que determinou a investigação para apurar as ameaças. Que os autores sejam devidamente responsabilizados”.

O padre Lino Allegri, que tem mais de cinco décadas de vida sacerdotal, foi hostilizado no começo do mês, durante a celebração de uma missa. Na ocasião, pelo menos oito pessoas invadiram o templo e hostilizaram o sacerdote pelas críticas feitas por ele sobre a condução da pandemia do presidente Bolsonaro.

Em uma celebração no dia 4 de julho, o padre lembrou os mortos pela pandemia e ressaltou que parte destas vítimas poderiam ter sido evitadas com uma melhor condução da crise. Por conta dessas declarações, os fiéis voltaram no final da missa e hostilizaram o sacerdote. Na semana seguinte, no dia 11 de julho, os apoiadores do presidente voltaram ao local e chegaram a expulsar o sacerdote que celebrava a missa, o padre Ermano Allegri, irmão de Lino.

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