Os números e casos de dengue em seis Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Fortaleza, vinculadas à Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), mais do que dobraram em um ano. Neste mês de outubro, foram registrados 321 pessoas com a doença, enquanto 130 casos foram diagnosticados no mesmo período em 2020. O levantamento tem como base as unidades de Messejana, Praia do Futuro, José Walter, Canindezinho, Autran Nunes e Conjunto Ceará.
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A médica Patrícia Santana destaca que este aumento no número de casos de dengue no segundo semestre é incomum, mas alerta para a necessidade de redobrar os cuidados.
“O pico da doença ocorre em período chuvoso, normalmente no início do ano, porém tivemos aumento de suspeitas agora no segundo semestre. A colaboração da população com cuidado com água parada, onde o mosquito se reproduz, é fundamental“, destaca a diretora de Cuidados e Saúde das UPAs.
Há, ainda, a preocupação de que a população confunda os sintomas da dengue com os da Covid-19. “Em casos graves, há dengue hemorrágica, que precisa de internação e pode ser fatal sem os cuidados devidos. Já a Covid-19, geralmente, está relacionada a sintomas gripais, e, em casos graves, à dispneia (falta de ar)”, pontua Yasmin Costa, coordenadora médica da UPA Autran Nunes.
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Os principais sintomas da dengue são febre alta, dores musculares intensas e ao movimentar os olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. Em caso de suspeitas da doença, a orientação é que o paciente procure uma unidade de saúde o mais rápido possível. Quem sentir tontura, sangramento, falta de ar, redução da quantidade de urina, dor abdominal e vômitos deve ficar ainda mais em alerta.
“Em caso de suspeita de dengue, é aberto um protocolo no próprio sistema da unidade com o relato de sintomas, idade, comorbidades, que serve para guiar o médico à conduta mais precisa, que vai desde hidratação, que é a medida inicial para o tratamento, até internação com medidas mais incisivas. Com a suspeita então confirmada, o caso é guiado pelo próprio protocolo UPA com intervenção médica. Esse mesmo protocolo, se aplicado corretamente à suspeita, ajuda a evitar complicações e óbitos”, explica Yasmin Costa.
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