Fortaleza receberá, na noite do deste domingo (20), mais duas famílias de refugiados venezuelanos como parte do projeto de interiorização da Operação Acolhida. Ao todo, nove migrantes desembarcarão às 19h50 no Aeroporto Internacional Pinto Martins, onde serão acolhidos pela 10ª Região Militar (10ª RM) com o apoio de moradores da capital cearense.

Em 2024, esta será a oitava missão de apoio logístico à interiorização realizada pela 10ª RM, que conta com uma equipe de militares encarregados de recepcionar, alimentar e conduzir os refugiados até um local previamente determinado. A ação é conduzida por integrantes do 10º Depósito de Suprimento e da Companhia de Comando da 10ª RM.

Operação Acolhida: uma resposta humanitária

Criada em 2018 pelo Governo Federal, a Operação Acolhida visa atender refugiados e migrantes venezuelanos que chegam ao Brasil em busca de melhores condições de vida. A operação garante uma realocação segura e voluntária dos migrantes, redistribuindo-os de Roraima, principal porta de entrada no país, para outras cidades brasileiras, como Fortaleza.

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A interiorização, como é chamada essa redistribuição, tem como objetivo melhorar as oportunidades de integração social, econômica e cultural dos migrantes, ao mesmo tempo que alivia a pressão sobre os serviços públicos de Roraima. No Ceará, cidades como Fortaleza, Crato e Sobral têm sido destinos frequentes de acolhimento.

Modalidades de interiorização

O processo de interiorização ocorre por meio de quatro modalidades principais:
– Institucional (abrigo-abrigo): refugiados são transferidos de abrigos em Roraima para abrigos em outras cidades.
– Reunião Familiar: reencontro de venezuelanos com familiares que já residem em outras regiões do Brasil.
– Reunião Social: reunião com amigos ou familiares que, embora não possam comprovar o vínculo documental, oferecem condições de sustento.
– Vaga de Emprego Sinalizada (VES): migrantes são levados para municípios onde têm oportunidades de emprego garantidas.

Fortaleza como parte ativa na Operação Acolhida

O Ceará tem desempenhado um papel importante na Operação Acolhida, com a capital, Fortaleza, sendo o principal destino. Até setembro de 2024, 484 venezuelanos foram realocados para a cidade. Outras localidades no estado, como Crato, Sobral e Juazeiro do Norte, também têm recebido refugiados, totalizando 710 migrantes.

A participação de entidades internacionais, como a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e a Organização Internacional para as Migrações (OIM), é crucial para oferecer suporte durante o processo de adaptação dos migrantes. Cursos de capacitação e parcerias com empresas locais facilitam a inserção dos refugiados no mercado de trabalho, especialmente nos setores de comércio, serviços e construção civil.

Impacto e Resultados

Desde o início da Operação Acolhida, mais de 140 mil refugiados venezuelanos foram interiorizados em todo o Brasil, contribuindo para a transformação de vidas e a integração dos migrantes. O Ceará se consolida como um estado parceiro dessa missão humanitária, proporcionando oportunidades para que os migrantes reconstruam suas vidas em solo brasileiro.

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