A Justiça aceitou, nesta quarta-feira (26), a denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE) contra mais três homens suspeitos de envolvimento da  morte do policial penal José Wendesom Rodrigues de Lima, de 37 anos. Segundo a denúncia, Rafael Brasil da Silva, conhecido como “Rafinha”, de 44 anos, e Roberto Júnior Pereira Proença, o “Júnior”, de 25 anos, estavam em uma Toyota Hilux SW4 usada para dar apoio aos executores do homicídio. Já Francisco Gleydson Rodrigues da Costa, de 44 anos, conhecido como “Americano”, foi flagrado por câmeras de segurança deixando o veículo em um estacionamento no bairro Meireles, um dia após o crime.

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As investigações do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) apontaram ainda que um segundo carro, uma Toyota Hilux SR 2.8 Pick-Up, foi entregue como parte do pagamento pela aquisição da SW4. O veículo estava registrado no nome da companheira de Francisco Gleydson. Além disso, Gleydson teria enviado outra pessoa para buscar a caminhonete no estacionamento. Dentro do automóvel, os policiais encontraram a chave de um apartamento alugado por Rafael na Praia de Iracema.

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Depoimentos colhidos na investigação também indicam a participação de Rafael e Roberto Júnior no apoio logístico à execução do crime. “Através das imagens coletadas e analisadas referentes ao dia do crime, detectou-se toda a movimentação dos denunciados ‘Rafinha’, ‘Americano’ e ‘Júnior’, sendo os mesmos flagrados juntos já horas antes dos ilícitos”, descreve a denúncia, assinada pela promotora Fernanda Carolina Moura Nóbrega.

Prisões e buscas

Rafael Brasil foi localizado em Mossoró (RN) no dia 6 de fevereiro, utilizando um documento falso. Ele foi preso por força de mandado de prisão temporária e transferido para Fortaleza. Já Roberto Júnior foi identificado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF)  em 1º de fevereiro, enquanto viajava em um ônibus interestadual. A Polícia Civil continua investigando o paradeiro de Francisco Gleydson.

Relembre o caso

A morte do policial penal José Wendesom está ligada a um plano da facção criminosa Comando Vermelho (CV), que pretendia resgatar integrantes do grupo presos em uma penitenciária cearense. A ação criminosa envolveria o uso de explosivos e fuzis.

No momento em que foi assassinado, José Wendesom fazia o monitoramento de suspeitos envolvidos no plano de resgate. Os criminosos perceberam que estavam sendo vigiados e armaram uma emboscada para executar o policial.

Outro agente penitenciário que participava da vigilância escapou dos disparos por estar no banco de trás do carro usado na operação. Ele reagiu e feriu Will Pessoa da Silva, de 25 anos, que acabou preso em flagrante um dia após o crime.

Outros envolvidos foram capturados na sequência. James Heyller Gola Souza, de 23 anos, suspeito de dirigir o Volkswagen T-Cross usado na execução, também foi preso. Já Wellison Gonçalves da Silva, o “Pica-Pau”, de 26 anos, apontado como autor dos disparos que mataram o policial, foi morto em uma ação policial no dia 30 de janeiro, no bairro Moura Brasil, junto a outros dois suspeitos de envolvimento no plano criminoso. As operações das Forças de Segurança do Estado ainda resultaram na prisão de Isaac Lucas Oliveira de Azevedo e Nonato Lopes dos Santos, autuados por porte ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas.

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