Negociações secretas entre os EUA e Maduro podem garantir anistia em troca de transição de poder na Venezuela.
EUA tentam negociar anistia para que Maduro deixe poder, diz jornal
Em negociações secretas, os EUA estão discutindo uma anistia para o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, em troca de uma transição de poder em Caracas. A informação foi divulgada, ontem, pelo Wall Street Journal, que citou pessoas familiarizadas com as conversas, que representam uma esperança para oposição.
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Uma dessas pessoas disse ao WSJ que a Casa Branca “colocou tudo na mesa” para convencer Maduro a deixar o governo antes da posse, prevista para janeiro. Entre as opções discutidas, segundo o jornal, estão perdões para ele e seus principais aliados, além de garantias do governo americano de não pedir a extradição dessas lideranças do regime.
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O Departamento de Justiça dos EUA acusa Maduro e mais 14 pessoas ligadas a ele de tráfico de drogas, narcoterrorismo, entre outros crimes, e ofereceu US$ 15 milhões em recompensa por informações que levassem às prisões. Caso a negociação pela anistia siga adiante, Washington cancelaria a recompensa, segundo o Wall Street Journal.
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Garantias
Os EUA já fizeram uma oferta de anistia a Maduro durante conversas secretas em Doha no ano passado, mas o ditador se recusou a discutir acordos em que ele teria de deixar o cargo, disseram pessoas familiarizadas com o assunto. Uma pessoa próxima ao regime disse ao WSJ que a posição de Maduro não mudou, por enquanto.
Na sexta-feira, 9, o ditador descartou a possibilidade de negociar com a oposição e disse que María Corina Machado, a quem ameaça de prisão, deveria se entender com a Justiça, alinhada ao chavismo. A líder opositora, que está escondida, havia dito que estava disposta a negociar a transição, oferecendo salvo-conduto para que Maduro deixasse o poder.
A oposição ofereceu garantias também aos militares ao pedir pelo fim da repressão aos protestos. A resposta das Forças Armadas, no entanto, foi a reafirmação de lealdade ao regime, que entregou a elas o controle de setores estratégicos do país em troca de apoio.
A oposição afirma que Edmundo González Urrutia venceu a eleição com 67% dos votos e publicou cópias das atas que comprovariam a fraude eleitoral do chavismo. Ele desafiou Maduro nas eleições como candidato opositor.
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Fonte: Estadão
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