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Advogado suspeito de integrar organização criminosa é preso pela terceira vez

Advogado suspeito de integrar organização criminosa é preso pela terceira vez

Foto: WhatsApp / GCMAIS

Um advogado foi preso no bairro Damas, em Fortaleza, sob suspeita de integrar uma organização criminosa. Alaor Patrício Júnior já havia sido capturado em outras duas ocasiões, nos últimos dois anos. Na última quinta-feira (11), o homem foi transferido ao Sistema Penitenciário do Ceará.

A prisão mais recente é resultado de uma denúncia apresentada em 25 de fevereiro pelo Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco). Alaor Patrício Júnior é investigado pela entrega de bilhetes em uma unidade prisional.

“As anotações partem de presos com status de liderança da organização criminosa Comando Vermelho – CV, com orientações diversas sobre tráfico de drogas, aquisição de armas, facilitação de fuga, retaliações a criminosos com dívidas com a facção criminosa. Os referidos bilhetes eram direcionados a outros criminosos”, diz trecho do documento.

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Na defesa, o advogado garantiu ter sido forçado a entregar os bilhetes, mas não revelou a identidade de quem teria cometido o crime. Ainda em depoimento, Alaor afirmou que não atuava mais na defesa de Alan Marcos Azevedo Rocha e Valdemberg Rodrigues da Silva.

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Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE) afirmou que acompanhou o suspeito durante a semana, para “garantir a legalidade da prisão no que tange às prerrogativas da advocacia”. A Ordem disse não ter acesso às imagens obtidas pelo Grupo Cidade de Comunicação, que mostram Alaor com armas e drogas.

Histórico

Alaor Patrício Júnior foi preso pela primeira vez em setembro de 2019, após ser abordado por um diretor de uma unidade prisional que percebeu o comportamento estranho do advogado. Ele foi flagrado quando passava papel e caneta para quatro presos, estes faziam anotações e lhes devolviam os bilhetes pelo parlatório. O administrador entrou em contato com a Delegacia Metropolitana de Itaitinga e comunicou todo o ocorrido. Uma equipe de policiais civis seguiu até o local, e durante revista ao infrator encontraram o conteúdo ilícito e canetas. Foi dada voz de prisão ao suspeito.

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Uma semana depois foi solto em uma audiência de custódia. Na época, a Justiça afirmou que a prisão não era necessária e a aplicação de medidas cautelares manteriam a ordem pública. Na decisão, ficou fixada a utilização de tornozeleira eletrônica e a proibição da entrada de Alaor em unidades prisionais.

Em dezembro de 2019, aconteceu a segunda captura. Alaor Patrício foi abordado com 18 gramas de maconha. Detido, assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foi liberado.

Já no ano passado, em novembro, a Justiça revogou a medida cautelar sobre o monitoramento eletrônico de Alaor. Segundo o parecer do Ministério Público, a medida cautelar não podia ser mantida por tempo indeterminado.

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