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Lula se diz contra o aborto, após defender que toda mulher tem o direito de praticá-lo

Lula diz que voto impresso é “voltar para a época dos dinossauros” e afirma que Bolsonaro foi “eleito com fake news”

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Após dizer, na noite de terça-feira (5), que todas as mulheres deveriam ter direito ao aborto no Brasil, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, em entrevista nesta quarta-feira (7), que não irá mais dizer que é favor do procedimento. Isso ocorreu depois dele ser alvo de muitas críticas, sobretudo de conservadores, bolsonaristas e evangélicos.

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“A única coisa que eu deixei de falar, na fala que eu disse, é que eu sou contra o aborto. Eu tenho cinco filhos, oito netos e uma bisneta. Eu sou contra o aborto. O que eu disse é que é preciso transformar essa questão do aborto numa questão de saúde pública”, disse o petista, em declaração à imprensa.

Segundo Lula, seu discurso original sobre o aborto era uma defesa do tratamento na rede pública de saúde. Entretanto, em sua fala, o ex-presidente alega que talvez tenha se expressado mal ou tenha sido interpretado de outra maneira.

“É só isso. Qual é o crime? Mesmo eu sendo contra o aborto, ele existe, e existe de forma diferenciada. Quando ele se dá numa pessoa que tem um poder aquisitivo bom, essa pessoa procura uma clínica boa, quem sabe viaja para o exterior e vai cuidar de se tratar. E a pessoa pobre? Como é que ela faz?”, questionou.

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Entenda o caso de Lula e o aborto

Lula defendeu, em um evento o direito de mulheres fazerem aborto. O debate realizado em São Paulo contou com ex-integrantes do Parlamento Europeu. O petista criticou o fato de mulheres pobres morrerem ao tentar abortar enquanto “madame pode fazer um aborto em Paris” ou “ir para Berlim procurar uma clínica boa”.

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“Aqui no Brasil ela não faz porque é proibido, quando na verdade deveria ser transformado numa questão de saúde pública e todo mundo ter direito e não ter vergonha”, disse.

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