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Cid notifica PDT questionando dissolução do diretório estadual do partido no Ceará

Cid Gomes afirma que irá assumir a presidência do PDT no Ceará

Foto: Reprodução

Um dia depois da Executiva Nacional dissolver o diretório do PDT no Ceará, o senador Cid Gomes enviou uma notificação extrajudicial ao secretário da Executiva Nacional do partido, Manoel Dias, questionando os motivos que levaram a essa repentina alteração nos sistemas do Tribunal Superior Eleitoral, atribuindo o status de inativo ao Diretório Estadual do PDT.

A iniciativa de Figueiredo tornou neutro um movimento anunciado no início da semana por Cid Gomes, que coletou assinaturas de integrantes do então diretório para convocar os membros e eleger uma nova presidência do partido no Estado.

No documento, Cid afirma que foi surpreendido “com a informação constante no site do TSE de que o Diretório Estadual desta agremiação, no Estado Ceará, foi ‘inativado por decisão do partido”’, em 05/10/2023”.

O grupo liderado pelo senador Cid Gomes (PDT) no Ceará havia conseguido 49 assinaturas para convocar uma nova reunião do diretório do partido e eleger um novo comando para a sigla no estado. O objetivo do bloco cidista era escolher uma nova Executiva para o PDT com Cid no comando permanentemente, sem possibilidades de destituição.

O movimento aconteceu após o deputado federal e presidente nacional interino do PDT, André Figueiredo, retomar a presidência estadual do partido. A destituição de Cid ocorreu meses após um acordo entre ele e André definindo que o senador ficaria até o fim do ano na posição.

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Crise no PDT no Ceará

Na última segunda-feira (2), o deputado federal André Figueiredo, presidente nacional do PDT, destituiu o senador Cid Gomes da presidência estadual do partido e agora volta a comandar o partido no Ceará. A mudança é mais um desdobramento das disputas internas no partido, que desde o início do ano está dividido entre aqueles mais próximos do governador Elmano de Freitas (PT) e do ministro Camilo Santana (PT) e aqueles mais próximos do prefeito José Sarto (PDT) e do ex-ministro e ex-governador Ciro Gomes (PDT).

Em nota divulgada à imprensa, André Figueiredo reafirma “nosso desejo e esforço de sempre buscar apaziguar relações e estabelecer a unidade da sigla, para que assim, possamos garantir a continuidade do desenvolvimento do PDT”. Ele diz ainda que a decisão foi tomada só após tentativas sem sucesso de “restabelecer a união partidária”.

“Agradeço aos préstimos do Senador Cid Gomes pela interinidade, mas entendendo o clamor de quem vem construindo o partido há quase quatro décadas e sentindo a necessidade dessa compreensão, voltamos para conduzir os rumos do Partido Democrático Trabalhista no estado”, disse ele.

Em uma coletiva de imprensa, Cid afirmou que se surpreendeu com a notícia da volta de André Figueiredo à presidência do partido no Ceará e afirmou que não houve nenhum descumprimento em relação a compromissos firmados.

“Fui surpreendido hoje com a notícia de que ele [André Figueiredo] de que ele voltava à presidência alegando descumprimento de compromissos meus. Eu quero dizer textualmente que o único compromisso que eu assumi foi que ele ficaria na presidência a partir de janeiro. O que houve de fato foi um descumprimento de um compromisso por parte dele representando esse seguimento e nos obriga a voltar a posição anterior que é de convocar o diretório, meu entendimento é que o diretório tem mandato que é até 31 de dezembro de 2023. Nós vamos então convocar o diretório para eleger uma nova executiva do PDT”, disse.

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